WandaVision
Enxergando a dor do nosso próximo.
Após os eventos de “Vingadores: Ultimato”, Wanda Maximoff e Visão, se esforçam para levar uma vida normal no subúrbio e esconder seus poderes. Mas a dupla começa a suspeitar que nem tudo é o que parece.
WandaVision, da Marvel Studios, mistura o estilo das sitcoms clássicas com o Universo Cinematográfico da Marvel. Eu gostei de uma série focada na Wanda, eu acho a personagem muito interessante e pouco explorada nos filmes. Só que a série começou devagar, os primeiros episódios foram um pouco chatos. Mas conforme os episódios foram passando, a trama foi ficando mais interessante.
Outro ponto foi a duração de cada episódio, muito curtos. Esperar uma semana por um episódio de 20 minutos é demais pra mim. Agora eu espero acumular alguns episódios antes de começar uma nova série da Marvel.
A série segue mais ou menos a fórmula dos cinemas, não teve coragem em transformar Wanda em vilã. Mas eu nem vou reclamar, porque eu gosto da personagem hehe
Chernobyl. Era um teste de rotina, mas… O sistema de resfriamento parou de funcionar, o que gerou um superaquecimento do núcleo, que atingiu temperaturas muito altas. O aumento de pressão por conta do acúmulo de vapor d’água lançou tudo para os ares: prédio, estrutura, reator, como no estouro de uma caldeira. Só teto do reator, pesava mais de mil toneladas. Um cogumelo de 1 quilômetro de altura soltou pelos ares fragmentos de grafite com plutônio a enorme temperatura.
Ué, mas o texto não era sobre WandaVision?
Pois então, eu vejo muito em comum entre Wanda e o reator nuclear. Uma sequência de problemas culminando em um desastre de grandes proporções.
Para entender Wanda, precisamos relembrar sua trajetória. Ainda criança, ela perde seus pais. Passa por inúmeros testes que a dá poderes. Já adulta, perde o irmão Pietro. Então conhece Visão e parece que a vida vai dá-la um break. Mas, mal encontra o amor da sua vida, e já testemunha seu assassinato. É muita tragédia, dor… e solidão. Sozinha no meio da multidão. Possui muitos colegas – heróis – mas não amigos. Ultimado termina, e cada um toma o seu rumo.
Acumulando tanta dor, sem uma válvula de escape, Wanda era um reator nuclear pronto para explodir. Se ao menos alguém tivesse enxergado, estendido a mão…
A empatia veio tarde demais, com Mônica Rambeau. Forçada a sentir a dor de Wanda, ela enxergou o ser humano atrás de todo aquele poder. Tarde demais… a reação em cadeia não podia mais ser contida, a explosão era inevitável.
Nada justifica os atos de Wanda e todo sofrimento que ela causou aos outros, mas será que não poderia ter sido evitado?
Me pergunto quantas Wandas existem por aí, ao nosso redor… Quantas pessoas estão “invisíveis” bem ao nosso lado? Quantos estão ao ponto do suicídio, de um ato violento, por falta de amor, de um gesto de carinho, de um par de ouvidos, de um abraço.
Isso me faz lembrar de um incidente nos Estados Unidos quando um professor impediu um aluno de tornar-se um atirador dentro da escola com um… abraço. Vejam:
Que Deus nos ajude a enxergar aqueles que estão sofrendo bem do nosso lado e que possamos amá-los e, quem sabe, resgatá-los de uma tragédia para uma nova vida em Cristo.