Dorian Gray – A face oculta
E se pudéssemos curtir todos os prazeres sem restrições?
E se não tivéssemos que enfrentar as consequências de nossas ações? É o que vemos no filme Dorian Gray. E quem é Dorian? Um belo jovem inglês, que através de Henry Wotton, é apresentado a todos os prazeres da cidade. Basil, um artista amigo de Henry, resolve pintar um retrato de Dorian e capturar sua beleza.
Ao ver o quadro, Dorian promete que daria tudo, até mesmo sua alma, para permanecer sempre com aquela aparência. A partir de então Dorian não mais envelhece, mas todos os pecados que comete e a idade que passa ficam registrados no retrato, cada vez mais terrível. Com vergonha, Dorian decide esconder o retrato no sótão de sua casa.
A gente tende a buscar, como Dorian, todos os prazeres dessa vida. Dorian levou o hedonismo – o culto ao prazer, até o limite. E nós? Nós, muitas vezes, buscamos prazeres mais sutis e “inofensivos”. Muitos desses prazeres não são maus ou errados em si.
Por exemplo, Deus criou todo tipo de alimentos para nosso prazer. No entanto, se você come demais, esse prazer pode fazer mal à sua saúde. Deus criou muitas das coisas que curtimos para nosso benefício, mas o uso sem freios pode causar muitos problemas.
E então os prazeres criados por Deus para nossa alegria se tornam nossos deuses e tomam nossos corações. E até que esses deuses sejam eliminados, viveremos frustrados. Aí o que a gente faz?
Tenta anular essa frustração com outro prazer e com outro e outro, sem sucesso. Se você for como eu, provavelmente descobrirá que alguns dos deuses mais difíceis de derrotar são os deuses do prazer. Continuamos nos curvando ao que nos faz sentir bem. Afinal, é o mantra da nossa cultura: “Não é errado se te faz feliz.” “Se você tem esse prazer ou desejo, vá em frente!”
Mas e se pudéssemos ver todos os nossos pecados em um retrato como o de Dorian? Como seria o seu? Deus vê a sua pintura e a minha. Não podemos esconder. Ele vê como nosso quadro se deteriora quando pecamos.
Chegou uma hora que Dorian, vendo o quão horrenda sua pintura se tornou, como ela mostrava todas as suas ações egoístas e más, quão grotesco seu caráter se tornou, ele decide mudar. Dorian tenta ser bom e gentil.
Aí você pensa: agora vai! Final feliz à vista! Mas depois de um tempo vivendo essa nova vida, ele olha para sua pintura e percebe que nada mudou. Ainda era horrível, não havia perdão, nem restauração. Desesperado, ele tenta destruir a pintura, mas acaba morrendo no processo.
E aqui a gente vê a diferença entre arte e realidade. Não havia outro final possível para Dorian, mas existe para nós. Jesus Cristo, através do seu sacrifício, oferece perdão. Ele restaura nossa pintura e cobre todos os seus defeitos. Nele somos livres!
Peça a Deus que te ajude a derrubar os falsos deuses do prazer da sua vida. Só o Deus verdadeiro pode trazer paz e real prazer para cada um de nós. Deus é único “photoshop” capaz de recuperar nosso retrato.