O que você adora?
Todos nós adoramos algo ou alguém.
Eu vi alguns episódios da primeira temporada. Sinceramente não gostei, não vou continuar assistindo. A premissa é bastante interessante, mas a história não. Meu conselho? Nem comece. Não vale à pena.
Maaas, como eu disse, a premissa é interessante, então vamos falar mais sobre isso.
A premissa da série é que antigos deuses de todo o mundo chegaram à América séculos atrás através da adoração de imigrantes. Agora, com poucos devotos restantes, eles não conseguem obter poder (e, portanto, sobreviver) em um país que está mais focado em ideias como celebridades, tecnologia e consumismo. Ideias que levaram ao aparecimento de toda uma nova hoste de deuses americanos.
Um excelente exemplo dessa adoração moderna é a nova deusa Mídia, que representa o fascínio americano pela televisão e Hollywood. Em um dado momento, a mídia se orgulha de como os humanos a tornaram poderosa ao sacrificar seu tempo em seu “altar eletrônico” (a televisão). Afinal, as pessoas passam horas na frente da TV e ignoram amigos e familiares para acompanhar seus programas favoritos. Isso é ou não é adoração?
“Não terás outro Deus diante de mim”
Êxodo 20.3,4
“Não adorarás nenhuma imagem de escultura”
A gente acha que cumpre esses mandamentos tranquilamente. Afinal, não tem nenhuma estátua do Buda aqui em casa. No entanto, se American Gods pode nos ensinar alguma coisa é que a verdadeira adoração é mais complexa do que isso. Idolatria é qualquer coisa que consome desproporcionalmente nossos pensamentos, ações ou recursos, ou que tira nosso foco de Deus.
O que seriam essas coisas em nossas vidas? Isso é algo que só você pode responder, mas os ídolos disponíveis são infinitos. Se você fizesse uma lista das coisas mais importantes em sua vida, isso forneceria alguma pista?
Aqui estão algumas das coisas que competem por nossa atenção e que podem se tornar ídolos em nossas vidas se a gente não tomar cuidado:
- Pessoas: Muitas pessoas em nossas vidas podem ocupar o primeiro lugar, consumindo nossos pensamentos, ações e energia. Pode ser um cônjuge, um namorado, um chefe ou um filho. Pode ser um artista ou uma figura pública. A questão não é amar demais ou de menos, mas sim tornar a pessoa mais importante do que Deus na sua vida.
- Dinheiro: Não importa se você tem dinheiro ou está falido. A busca por dinheiro e a aquisição de coisas é um ídolo para muitos. Vem de confiar mais no dinheiro do que em Deus. Colocar esperanças e sonhos nele e confiar que o dinheiro vai nos sustentar e proteger. Mas esse papel pertence a Deus. Veja bem, o dinheiro não é ruim. É uma ferramenta. E como qualquer ferramenta, a gente tem que usar do jeito certo; caso contrário, pode causar muitos danos.
- Entretenimento: somos obcecados em nos divertir. E isso vem em muitas formas – da Netflix às férias e videogames. De novo, o entretenimento não é ruim. Pode ser uma coisa boa. Mas quando nossas vidas se transformam em uma busca pelo entretenimento e seus prazeres, então ele se torna um ídolo. Tornou-se mais importante do que Deus.
- Conforto: Nunca na história do mundo as nossas vidas estiveram tão fáceis e confortáveis como agora. Tarefas que costumavam levar o dia todo podem ser feitas em minutos. Jesus diz que seus seguidores enfrentarão provações, perseguições e dificuldades. Embora o conforto não seja ruim, ele pode se tornar prejudicial quando se torna a principal busca da nossa vida. Quando o conforto é um ídolo, lutaremos quando Deus nos chamar para algo difícil.
Quando investimos muito de nosso tempo, dinheiro ou atenção em algo diferente de Cristo, criamos um novo deus para adorarmos. Ser cristão significa entregar nosso coração totalmente a Jesus. Nossas vidas devem representar e refletir o amor, graça e perdão que Deus nos mostrou, enquanto nossa adoração deve ser vista em ações diárias, não apenas nos cultos de domingo.
Então, mesmo que a série American Gods não seja lá essas coisas, ela ainda apresenta aos seus espectadores uma questão muito importante:
“O que ou quem você adora?”