Hawkeye
Sacrifícios e recompensas
Esta é a quarta série da Marvel este ano. Desta vez, temos uma série mais leve e natalina, contando a história de Clint Barton (Jeremy Renner) em Nova York na semana do natal enquanto tenta recuperar seu antigo uniforme de Ronin e orientar a jovem Kate Bishop (Hailee Steinfeld), uma grande fã do Gavião Arqueiro e dos Vingadores que está tentando encontrar seu lugar no mundo.
Marvel lançou bastante coisa esse ano entre séries e filmes e muita coisa não empolgou. Talvez, como eu, você pode até estar atrasado com todos os shows e filmes e rumores.
Com um filme da Viúva Negra e uma série do Gavião Arqueiro, esse deveria ter sido o ano dos Vingadores secundários, daqueles que nunca tinham sido protagonistas das suas próprias histórias. Mas mesmo ganhando um filme e uma série, ainda ficou a sensação de que eles não eram os protagonistas dos próprios projetos com Yelena e Kate Bishop tendo mais destaque do que eles. Eu gosto dessas novas personagens, mas Viúva Negra e Gavião Arqueiro meio que foram jogados pra escanteio de novo, coitados.
Grande parte da temporada de 2021 do MCU foi centrada no místico, no mágico e no multiverso. Depois de “Vingadores: Ultimato”, o MCU assumiu um desafio maior com multiversos e linhas temporais alternativas. Vimos isso em “Wanda Vision” e “Loki”, com mais desenvolvimento em “Homem Aranha: Sem volta pra casa” e nesse ano com “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”.
Depois de ver todo esse conteúdo cósmico e confuso – repleto de teorias, especulações e furos – foi bom ver uma série mais leve e com um enredo mais contido e localizado. Só acho que eles exageraram um pouco no tom “sessão da tarde”: Uma turminha do barulho aprontando altas confusões em Nova York.
Essa série serviu basicamente como história de origem para uma nova personagem. “Hawkeye”, na verdade, é sobre Kate Bishop. Eu gostei dela. Hailee é uma boa atriz e se destaca no papel, trazendo sagacidade, coragem e entusiasmo. Kate também é uma talentosa artista marcial e arqueira, e uma superfã do Gavião Arqueiro. Eles criam um laço do tipo Padawan – Mestre Jedi e ela ainda está aprendendo e absorvendo tudo o que Clint tem a oferecer.
Ela vai substituir um aposentado Clint Barton? Provavelmente, mas acho que ela ainda está muito inexperiente para uma substituição completa. Talvez uma ou mais temporadas desse “treinamento” entre os dois possam me convencer da ideia.
Jeremy Renner também faz um excelente trabalho em seu retorno ao MCU. Como ele ainda não superou totalmente o “blip” e a morte de Natasha, é o personagem que traz mais peso dramático para a trama.
Yelena também foi muito bem, ela é divertida de assistir, principalmente suas interações com Kate. Mas Wilson Fisk ou Kingpin foi subutilizado. Ele é um grande vilão e deu muitas dores de cabeça ao Demolidor. Talvez não tenha sido uma boa ideia ter trazido um vilão tão sério pra uma série tão sessão da tarde. Ser derrotado por uma novata tão facilmente foi um pouco decepcionante.
E o que podemos extrair dessa série? Kate quer seguir os passos do Gavião Arqueiro, ela também quer ser uma heroína. Mas, como Clint diz a ela, ser um herói é muito mais sobre sacrifícios e lidar com a perda do que estrelato e fama.
E Kate teve uma vida bastante protegida até agora. Tão rica que destruir a torre da faculdade gera apenas um castigo de “perder a mesada”. Então, quando ela finalmente encontra seu herói e tem a chance de ser como ele, Kate precisa decidir o quanto está disposta a sacrificar.
Denunciando a própria mãe, ela perde tudo. Com sua mãe atrás das grades, ela está sozinha agora. Todo o dinheiro que comprou tudo para ela até agora: seu treinamento, equipamentos e coberturas em Manhattan, também se foi, confiscado pela polícia. É uma decisão difícil e dolorosa, e quando ela a toma, dá um grande passo na sua trajetória como heroína.
Fazer a coisa certa, na maioria dos casos, será uma decisão difícil. Exigirá um sacrifício de você, como esses filmes e séries de heróis mostram com tanta frequência.
Ser cristão e ter uma vida de obediência também será difícil. Essa escolha pede constantemente um sacrifício de nós: o nosso “EU”. Não é mais o que queremos que conta. É a vontade de Deus. Muitas vezes, a obediência à vontade de Deus virá com preconceito, discriminação, perda de amizades, ou promoções no trabalho e até mesmo uma demissão. E seguir o mandamento de amar aqueles que nos ofenderam é muito difícil também.
Ser cristão tem um custo, uma cruz a carregar. Mas também vem com bênçãos e recompensas. Jesus prometeu que nunca nos deixaria, e quando esta vida acabar, estaremos para sempre com Ele, em plena e verdadeira felicidade.
Além de todas as dificuldades que podemos encontrar, ser um verdadeiro seguidor de Cristo aqui e agora já nos traz uma sensação de contentamento e paz que nada e ninguém mais neste mundo pode oferecer.
Então, levante-se e prepare-se para ser como uma flecha na aljava do Senhor. Você não vai se arrepender.