Até o Último Homem
De onde vem a sua coragem no front de batalha?
Baseado na história real de Desmond T. Doss (Andrew Garfield), que ganhou a Medalha de Honra do Congresso, apesar de se recusar a pegar em armas por motivos religiosos durante a Segunda Guerra Mundial. Doss foi convocado e rejeitado pelos demais soldados por sua postura pacifista, mas ganhou respeito por sua bravura, abnegação e compaixão depois de arriscar sua vida – sem disparar um tiro – para salvar 75 homens na Batalha de Okinawa.
O filme é muito bem-feito e a gente sente todos os horrores da guerra. Guerra é um horror e Mel Gibson nos dá uma visão angustiante e realista dela. Temos muitas imagens tristes e sangrentas. Soldados são crivados de balas da cabeça aos pés, são atingidos por granadas, enfim, mortos de várias formas difíceis de assistir.
O roteiro me pareceu bem escrito e o filme tem um ritmo bom, o que geralmente significa que você não foi checar suas redes sociais no meio do filme.
Os atores fizeram bem a sua parte, principalmente o Andrew Garfield no papel principal. Mel Gibson prova, mais uma vez, ser um bom cineasta e faz um excelente trabalho no desenvolvimento de seus personagens.
Na cena de abertura do filme, enquanto os soldados são crivados de balas e explodidos por granadas, a reconfortante narração de Desmond ilumina e tranquiliza o público de que existe de fato um Deus que está sempre cuidando de nós.
Embora a mensagem do Evangelho não seja o foco do filme, Desmond é um homem que não se envergonha de sua fé e sempre olha para Deus em busca de orientação e direção. O filme nos mostra que a fé não é uma jornada fácil. Podemos ser zombados, ridicularizados e até nos sentir abandonados às vezes. Mas se tivermos um Deus que é por nós, quem será contra nós?
Conforme a história do filme se desenvolve, começamos a ver uma mudança nos personagens. Eles passam de rudes e amargos para respeitosos e até mesmo gentis com Desmond. Isso porque eles viram a Luz brilhando através dele. Eles viram um homem que amava a ponto de arriscar-se pelos outros, não importa o quanto ele fosse maltratado. Mas acima de tudo, eles viram um homem que era capaz de perdoar e amava o Senhor de todo o coração.
Maaaas, sim tem um “mas” hehe. E se todo o pelotão de Desmond tomasse a mesma atitude de não pegar em armas? E se isso se espalhasse pelo exército americano inteiro? Que rumo a guerra tomaria? Hitler não compartilhava a visão pacifista de Desmond. Vamos conversar sobre isso em meu próximo post. Aguardem! To be continued…