No limite do amanhã
Viver – Morrer – Repetir
Quando a Terra é tomada por alienígenas, Bill Cage (Tom Cruise), relações públicas das Forças Armadas dos Estados Unidos, é obrigado a ir para a linha de frente no dia do confronto final. Inexplicavelmente ele acaba preso no tempo, condenado a reviver esta data repetidamente. A cada morte e renascimento, Bill avança e, antecipando os acontecimentos, tem a chance de mudar o curso da batalha com o apoio da guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt).
Já vou começar dizendo que esse é um dos meus filmes favoritos. Daqueles que eu paro pra assistir toda vez que está passando na TV.
Ficção científica: check ✔️
Atuações de primeira: check ✔️ (Emily Blunt tá de parabéns)
Enredo envolvente: check ✔️
Efeitos especiais bem-feitos: check✔️
O filme apresenta uma espécie de dia D futurístico e é baseado no romance de Hiroshi Sakurazaka de 2004, All You Need Is Kill.
Interessante como nos últimos anos eu estou gostando mais dos conteúdos desenvolvidos pelos japoneses e coreanos do que pelos americanos. Talvez seja porque Hollywood anda mais interessada em ideologias do que em boas histórias.
Este filme contém algumas mensagens interessantes e, no geral, apresenta uma perspectiva positiva sobre o valor da vida humana. Ironicamente, os personagens acabam não dando muito valor à própria vida, pois a única maneira de derrotar os alienígenas é morrendo voluntariamente todos os dias para “reiniciar” e voltar ao estágio de planejamento antes da grande invasão.
A propaganda nos cartazes do filme dizia: Viver – Morrer – Repetir. Isso é o que os heróis fazem literalmente para salvar milhões de vidas do massacre que os alienígenas estão tentando realizar: os heróis devem morrer para si mesmos diariamente e usar o “loop temporal” para melhorar como guerreiros e descobrir a estratégia que traria a vitória sobre os alienígenas.
Aqui a gente pode ver um paralelo com as palavras de Jesus sobre tomar nossas cruzes diariamente e morrer para nós mesmos. De uma forma curiosa, este filme de ficção científica na verdade funciona como uma analogia para o chamado de Jesus aos Seus seguidores para morrerem para o Eu todos os dias.
O filme tem uma temática muito forte de auto sacrifício – até o ponto em que alguns personagens, depois de perderem a capacidade de reviver, decidem continuar na batalha, mesmo sabendo que sua morte é irreversível. A disposição dos heróis de morrer literalmente para si mesmos todos os dias e potencialmente sacrificar tudo pelo bem dos outros é inspiradora.
Da mesma forma, devemos morrer para nós mesmos diariamente como cristãos e crescermos em nossa maturidade, em nossa fé e em nossa “guerra espiritual”. Assim, nos tornamos guerreiros mais fortes em um sentido espiritual em Cristo. Cada novo dia funciona como o loop temporal deste filme: Deus está nos dando mais uma chance de crescer.
Viver – Morrer (para o pecado) – Repetir. Até que Deus nos chame para a eternidade.