Um Lugar Silencioso
Como ter um casamento sólido?
O filme mostra uma realidade pós apocalíptica, onde a população da Terra foi dizimada por uma entidade assustadora que ataca quando escuta um menor sinal de barulho. Em uma fazenda dos Estados Unidos, acompanhamos uma família do meio-oeste que tenta se manter em total silêncio para sobreviver à ameaça que ronda a sua casa.
Eu diria que esse filme está mais pra um thriller de suspense do que horror. O filme é muito bem-feito, tenso e cheio de suspense.
O seu ponto mais alto foi sua capacidade de tornar os monstros secundários em relação ao próprio som. A maioria dos ataques dos monstros são muito rápidos. Eles simplesmente atacam suas presas e então desaparecem. Um único ruido e game over.
Conforme o filme avança, ficamos sabendo mais sobre as criaturas, e elas são assustadoras. Mas ainda assim é o silêncio e a possibilidade das coisas mais corriqueiras provocarem barulho que nos deixa realmente tensos. A coisa mais assustadora do filme pra mim foi um prego solto!
Mas nem só de ação vive “Um Lugar Silencioso”. Nada disso nos deixaria tão tensos se a gente não se importasse realmente com os personagens. Nesse sentido o filme acerta também. Meia hora de filme e a gente já se sente parte da família. Os personagens são bem elaborados e agradáveis e, ao contrário da maioria dos filmes de terror, são inteligentes!
Enfim, são 90 minutos que fazem transições perfeitas entre grandes emoções e momentos emocionantes tocantes. Vale à pena conferir.
O enredo toca em pontos como relações familiares, amor altruísta, sacrifício e unidade.
O que a gente vê com mais e mais frequência nos filmes atuais é o casamento como algo conflituoso e disfuncional. Um fardo a ser carregado. Esse filme me surpreendeu por mostrar o exato oposto – um casamento como algo honestamente bonito e real.
O casal é muito amoroso e respeitoso um com o outro. São unidos, não perdem tempo com mesquinharias, criam os filhos de forma coesa e amorosa, e atravessam as dores e dificuldades juntos ao invés de terceirizarem a culpa. Cada um sabe o seu papel e o faz sem reclamações. Sem falar da fé que também os une em oração.
“Ah mas nesse mundo tão cheio de riscos e dificuldades as coisas são diferentes…”
Será que é só isso que faz desse relacionamento um sucesso? A pandemia veio e trouxe riscos e dificuldades que nunca experimentamos ou sequer imaginamos, mas enquanto, de fato, alguns casamentos se tornaram mais coesos, outros não duraram dois meses de isolamento social.
A Bíblia tem muito a nos dizer sobre relacionamentos bem-sucedidos como o de Lee e Evelyn, mas vamos limitar a nossa conversa a alguns pontos:
Nunca mencione os erros do passado
“Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados.” (Lucas 6.37)
Dê preferência ao seu cônjuge
“Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. (Mateus 19.6)
Nunca vá dormir com uma discussão não resolvida
“Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao diabo.” (Efésios 4.26,27)
Pelo menos uma vez por dia, tente dizer algo elogioso ao seu cônjuge.
“O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito.” (Provérbios 15.4)
“Na pobreza ou na riqueza” – alegrem-se em cada momento que Deus lhes deu juntos.
“Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” (Colossenses 3.14,15)
Se ele está respirando, seu cônjuge vai te ofender. Aprenda a perdoar.
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.” (Colossenses 3.13)
Se espelhe no amor de Deus
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13.4-7)