Maligno
De que lado você está?
Em 1993, no Centro de Pesquisa Simion, o perigoso Gabriel mata vários médicos e enfermeiros e a Dra. Florence Weaver, responsável pelo seu caso, diz que é hora de cortar o câncer.
Nos dias atuais, em Seattle, Madison Mitchell está grávida após três abortos. Quando seu marido bêbado Derek Mitchell discute com ela e bate sua cabeça contra a parede, Madison desmaia e quando ela acorda, ela vê Derek assassinado de uma maneira horrível. Madison perde o bebê, e sua irmã mais nova Sydney Lake a conforta.
Após essa experiência, Madison tem pesadelos terríveis com o assassino e seus crimes horríveis. Quando ela percebe que os assassinatos estão acontecendo na vida real, Madison e Sydney procuram os detetives Kekoa Shaw e Regina Moss para relatar seus sonhos. Qual é o mistério por trás dos pesadelos?
Esta foi uma experiência realmente bizarra para mim. Tinha momentos que parecia que o diretor James Wan estava intencionalmente tentando fazer um filme ruim. Tinham cenas tão exageradas e estranhas que eu ficava sem saber se era um filme sério ou uma paródia. Quase desisti do filme na primeira cena. O momento em que a médica diz “é hora de cortarmos o câncer!” foi tão… cômica que meu cérebro imediatamente completou a cena com o esquilo dramático haha
A trilha sonora era desconexa, exagerada e nada sutil, tocando em momentos que não faziam sentido. E os bracinhos de T-Rex (se você assistiu sabe o que quero dizer) eram muito engraçados haha, mas acho que eram pra ser assustadores?
Aparentemente “Maligno” é a carta de amor de James Wan para o horror antigo. Totalmente original e ao mesmo tempo inspirado nos filmes de terror grindhouse dos anos 80. Talvez eu tenha assistido com as expectativas erradas. Não sei.
Este filme parecia mais um thriller do que puramente terror para mim. Mais sobre tentar descobrir quem era o assassino. E eu não demorei muito pra matar a charada. De qualquer forma eu aprecio a tentativa de fazer um filme de terror original e fora do estilo do momento – Invocação do Mal.
⚠️A partir daqui os spoilers aumentam. Estejam avisados⚠️
Este filme não oferece muito pra gente conversar, mas encontrei algo interessante. A protagonista Madison tem um irmão e uma irmã adotiva. O irmão nos mostra o quão baixo o ser humano pode chegar e a irmã mostra o contrário. Gabriel representa a corrupção total do pecado e Sydney mostra o amor que só podemos expressar porque fomos feitos à imagem de Deus.
Gabriel só queria agradar a si mesmo, seu próprio ego. Manipular, destruir e ter sucesso às custas dos outros. Ele se faz de vítima, dizendo que é corrompido dessa maneira por causa do que foi feito com ele, mas sua irmã o desmente. Ele foi corrompido desde o início.
Sydney era o oposto. Quando ela percebe que Madison foi adotada em sua família, nada muda. Quando Madison diz a ela que ela tinha desejos descontrolados de se livrar de sua irmãzinha, ainda nada muda. Ela continua lutando por sua irmã. Quando Sydney finalmente percebe toda a verdade sobre Madison, nada muda. Na verdade, parece que agora ela ama ainda mais sua irmã adotiva e arrisca sua própria vida para salvá-la.
Um lado mostra como o pecado pode nos ferir, o outro mostra a graça de Deus e seu amor redentor. Um lado nos destrói e a todos ao nosso redor, o outro nos une em laços inquebráveis que vão muito além dos laços de sangue.
Assistir a força de um vínculo de adoção em filmes sempre me toca, porque me lembra de nosso próprio relacionamento com Deus, como Ele nos adotou e nos fez seus próprios filhos.
Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: “Aba, Pai”. Gálatas 4.4-6