Terra dos Sonhos
Nem sempre é plano de Deus
Nemo (Marlow Barkley) é uma jovem que mora com seu pai (Kyle Chandler) em um farol no mar. E toda noite ele conta a ela histórias de suas antigas aventuras com seu companheiro fora da lei Flip.
Mas quando o pai de Nemo se perde no mar depois de ajudar um navio em perigo, Nemo é colocada sob os cuidados de seu distante tio Phillip (Chris O’Dowd), um homem solitário e que não sabe como ser um pai para ela.
Nos sonhos de Nemo, ela encontra um sátiro vigarista corpulento e falante que, no final das contas é o Flip (Jason Momoa) dos contos de seu pai. Flip diz a Nemo que seu pai tinha um mapa de Slumberland, a terra onde residem todos os sonhos, que mostra a localização das pérolas mágicas no Mar dos Pesadelos que tem o poder de realizar qualquer desejo.
Usando o mapa de seu pai, Nemo embarca com seu porco de pelúcia animado e Flip em uma jornada através dos sonhos de outras pessoas para encontrar a pérola e se reunir com seu pai, mas um pesadelo caçando Nemo com base em seus medos e a Agente Green do Bureau de Atividades Subconscientes de Slumberland (BASS) estão em seu caminho.
Podemos ver Jason Momoa em um papel completamente diferente. Ele está divertido, mas não tenho certeza se foi a escolha certa para esse papel. O porquinho CGI era tão adorável que eu gostaria de ter um hehe. Então, eu não esperava nada desse filme, mas acabou sendo um bom filme de família.
Terra dos Sonhos, em sua essência, é uma história sobre como lidar com o luto. E o filme faz isso de uma maneira que as crianças possam se relacionar e entender.
Quando Nemo é transferida para viver com seu tio Philip depois de perder seu pai, ela é forçada a lidar não apenas com novas emoções, mas também com um mundo completamente diferente. E, infelizmente, para ambos, Philip carece de habilidades parentais. Ele vive de forma solitária com poucas interações sociais e amigos, e formar uma família não estava nos seus planos.
Mas, apesar de sua falta de habilidades sociais, Philip deseja sinceramente se conectar com Nemo. Sua luta para se conectar, como o filme revela mais tarde, vem de seu próprio fracasso em lidar com a dor da perda. No caso dele, o irmão mais velho casa e segue com sua vida deixando Philip com a sensação de ter sido deixado para trás.
Enquanto isso, Nemo está tentando se apegar às lembranças e momentos agradáveis com seu pai, pois sabe que nunca mais poderá vivê-los. Ela prefere continuar sonhando com aqueles dias felizes para sempre. Mas um agente da BASS explica a ela que sua organização não dá aos sonhadores o que eles querem; “Eles dão a eles o que eles precisam.”
E isso me lembra do nosso relacionamento com Deus. Pedimos todo tipo de coisa em nossas orações e, assim como Nemo, muitas vezes pedimos as coisas erradas. Comparados a Deus somos crianças e temos uma visão imperfeita do mundo e até de nós mesmos, de nossos próprios sentimentos. Então, muitas vezes quando oramos, não conseguimos o que pedimos pois Deus, como pai amoroso que é, só nos dá o que precisamos.
Por fim, Philip e Nemo precisam se curar, permitindo que o luto siga seu curso. Philip não soube lidar com sua dor, mas juntos eles podem ajudar um ao outro a seguir em frente.
No geral, este é um belo conto que ensina as crianças e lembra aos adultos que há um tempo para chorar e um tempo para rir. E que assim como o Bureau de Atividades Subconscientes, Deus estará lá para nos guiar nos momentos mais sombrios de nossas vidas.