Pantera Negra
Ide! Vão!
Após Capitão América: Guerra Civil e a morte do Rei T’Chaka, o jovem Príncipe T’Challa retorna à sua terra natal isolada e tecnologicamente avançada para ser coroado o novo rei de Wakanda.
Mas quando um antigo e poderoso inimigo aparece, o novo rei T’Challa é testado quando ele é arrastado para um formidável conflito que coloca o destino de Wakanda e do mundo inteiro em risco.
Este filme recebeu muitas críticas positivas, o hype de Pantera Negra estava em um nível que raramente vemos em filmes de super-heróis e mesmo filmes de qualquer gênero. Então, quando finalmente consegui assistir, eu tinha grandes expectativas.
Provavelmente estou em minoria aqui, mas esse não está na minha lista de filmes favoritos do MCU. Não me entendam mal, não estou dizendo que o filme é ruim. Tem alguns méritos como bons efeitos especiais e cenas de ação (exceto a cena de ação final entre Pantera Negra e Killmonger que parecia um videogame antigo) e ótimas atuações (mas a maioria dos personagens não tinha muita profundidade).
Simplesmente não foi tão bom quanto outros filmes da Marvel. O enredo foi razoável embora um pouco genérico e previsível. Se eu for totalmente sincera, fiquei meio entediada em alguns momentos.
Um meteorito gigantesco com o metal mais resistente: o vibranium, caiu na região das nascentes do rio Nilo, há “milhões” de anos e afetou as plantas. Mais tarde, na era dos humanos, cinco tribos na terra chamada Wakanda lutaram pelo controle desse metal até que um espírito levou um certo guerreiro a encontrar e comer uma “erva em forma de coração” afetada pelo metal. Ele ganhou habilidades sobre-humanas e se tornou o primeiro “Pantera Negra”. Quatro das cinco tribos se submeteram ao seu comando, mas uma tribo preferiu a liberdade.
Os wakandanos* usam o vibranium para desenvolver tecnologia altamente avançada. Eles viram os horrores perpetrados por outras nações e decidiram se isolar do resto do mundo. Eles então se esconderam e fingiram ser um país pobre do Terceiro Mundo. Não queriam compartilhar seus avanços tecnológicos por medo que serem usados para o mal.
Essa decisão de se isolar do resto do mundo me fez pensar em nós, cristãos. Agora e ao longo da história vemos essa inclinação de isolar nossas comunidades cristãs do resto do mundo como uma forma de nos protegermos do mundo pecaminoso lá fora.
Temos essa inclinação para nos tornarmos comunidades fechadas, autocentradas, com muitas atividades e apoio voltados para seus próprios membros e pouca ou nenhuma atenção ao que está acontecendo lá fora.
Quando isso acontece, a igreja perde um de seus principais propósitos – anunciar as Boas Novas. Também se esquiva de sua responsabilidade de ser sal e luz em um mundo perdido e fazer todo o possível para aliviar o sofrimento enquanto ainda estamos por aqui.
Isso é praticamente o que estava acontecendo com Wakanda. Totalmente capaz de melhorar vidas ao redor do mundo, mas exclusivamente focada em seus próprios membros. Mas, no final, o rei T’Challa diz que é hora de Wakanda se expor para que eles possam ajudar o mundo com todos os problemas que esse não consegue resolver em termos de medicina avançada, transporte, energia… etc. O rei até se apresenta diante das Nações Unidas e faz um discurso sobre como todos nós (humanos) somos irmãos e irmãs e um só povo. E como devemos ajudar uns aos outros como tal.
E essa é a mensagem mais cristã que você pode encontrar. Somos todos iguais, criados por um Deus amoroso que está pronto para nos tornar seus filhos e herdeiros (se aceitarmos Jesus Cristo como nosso salvador). Aos olhos de Deus, somos um único povo e devemos agir de acordo.
Isolar-nos do mundo não é a solução.
A solução é espalhar as Boas Novas do amor de Deus onde quer que estivermos e ir aonde quer que Deus nos envie fazendo a diferença até Jesus Cristo voltar.
*wakandianos? Wakandenses?