Logan
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O filme se passa em 2029, onde Logan vive perto da fronteira mexicana e cuida de Charles, o ex-líder dos X-Men. A telepatia de Charles se tornou perigosa devido a uma doença degenerativa, e Logan trabalha como motorista de limusine para pagar por sua medicação. Uma mulher pede a Logan para levá-la com uma menina, Laura, para Dakota do Norte. Laura é uma mutante criada em um laboratório com o objetivo de criar super soldados. Quando o experimento falha, as crianças devem ser mortas, mas seus cuidadores criam um plano para salvá-las. Logan relutantemente segue para o norte com Laura e Charles, perseguido por aqueles que querem matá-la.
A escala deste filme difere muito das adaptações anteriores dos X-Men, resultando em uma história mais pessoal e íntima. O diretor James Mangold incorporou efetivamente um drama familiar neste filme. Mesmo sem seus superpoderes, “Logan” continua sendo uma história comovente e humana.
Logan vive sem um senso de propósito, enquanto Xavier luta com sua própria vulnerabilidade devido à deterioração de sua mente. Laura é uma mistura complexa de inocência, ternura e dureza, tendo sofrido abusos horríveis. Suas interações, que consistem em brigas, gritos, discussões, olhares furiosos, carinho e perdão, evocam risos e lágrimas de uma forma diferente de qualquer filme de super-herói até aqui.
O filme se assemelha a um faroeste moderno, apresentando um velho pistoleiro que quase foi destruído por seu passado violento, mas agora se encontra em seu fim. Ele não é movido pelo amor à violência, nem é motivado pelo desejo de se salvar da morte. Em vez disso, ele procura proteger os outros, principalmente os inocentes.
No passado, Logan era movido pela raiva, o que o reduziu ao estado animalesco de seus dias de luta em jaulas. Mas agora, por meio de sua amizade com Charles Xavier e outros, ele mudou. Sua violência é motivada mais pelo amor ao próximo, uma raiva quase justa que explode contra qualquer um que ameace seus amigos remanescentes.
Mas Logan reconhece o custo de derramar esse sangue. Clipes do filme “Shane” – sobre um velho pistoleiro tentando limpar um vale de armas – enfatizam isso repetidamente. “Não há como viver com uma matança”, diz Shane. “Não há como voltar atrás.” E quando Laura diz sobre matar – “eles eram pessoas más” – Logan responde “é tudo a mesma coisa”, dando a entender que tirar uma vida sempre tem um custo.
Em última análise, “Logan” é uma história de redenção e família. Inicialmente, Logan assume o papel de filho de Charles e pai quando Laura aparece. Uma jovem que compartilha as mutações de Logan e é, na verdade, sua filha biológica. Aqui, Logan se torna o herói relutante, e as circunstâncias o colocam em uma viagem com Laura e Charles.
Durante a jornada, Charles dá a Logan conselhos sábios sobre família, dizendo a ele: “É assim que uma família se parece: pessoas que se amam. Você deveria parar um momento.” Charles também encoraja Logan a ajudar a garota. A relutância de Logan não decorre de uma incapacidade de cuidar ou amar, mas sim de se importar demais e sempre ter isso tirado dele.
O preço de amar e perder afetou Logan profundamente, deixando-o um homem quebrado. Então, ele decidiu não amar novamente. No entanto, ele sempre falha e faz o último sacrifício por sua filha ao sacrificar sua vida por ela. No final, Logan encontra um propósito no amor e na paternidade, mesmo que seja apenas por um breve momento.
Não é um pouco piegas reduzir um filme dessa a “amor”? Bem, claro, se você acha que a realidade também é brega hehe.
O amor (ou a falta dele) move o mundo. Na verdade, o amor é considerado o maior mandamento pelo próprio Jesus (Marcos 12:30-31). É por meio do amor que podemos nos conectar verdadeiramente com Deus e com os outros ao nosso redor. 1 João, diz ‘Deus é amor’ e ‘o amor vem de Deus’. O amor é um compromisso profundo e forte que vai além dos sentimentos. É imensamente poderoso. 1 Coríntios 13 resume a visão cristã do amor: “amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece…”
O amor não é um sentimento, mas uma ação que exige esforço, humildade, perdão e colocar as necessidades e desejos dos outros acima dos nossos. O que nos leva a outro importante papel do amor na fé cristã: a ideia do amor sacrificial. Isso significa colocar as necessidades dos outros antes das nossas, assim como Jesus se sacrificou por toda a humanidade (João 15:13).
Por meio desse amor sacrificial, podemos mostrar aos outros o amor de Cristo e realmente fazer a diferença no mundo ou no caso de Logan na vida de uma garotinha.