Divertidamente 2
Xô Ansiedade!
Recentemente, alguns filmes da Pixar como “Luca”, “Red “, “Lightyear” e “Elemental” não impressionaram, o que fez muita gente se perguntar se a Pixar perdeu sua estrela. Mas “Divertida Mente 2” se destaca e é uma sequência que realmente vale a pena. Ainda não sabemos se esse sucesso é único ou se a Pixar está voltando a brilhar.
Riley está prestes a começar o ensino médio, tentando achar seu lugar entre o time de hóquei e os desafios da puberdade. Além das cinco emoções conhecidas, agora ela tem mais quatro: Constrangimento, Inveja, Tédio e Ansiedade. Lideradas pela Ansiedade, as novas emoções começam a guiar a mente de Riley, tentando criar uma nova identidade para ela.
A trama chega ao clímax quando Riley tem um ataque de pânico no último dia de acampamento, com a Ansiedade girando em um redemoinho incontrolável em sua mente. Alegria tenta ajudar e diz à Ansiedade que precisa deixar Riley seguir em frente. Ansiedade, libera o controle e diz: “Eu só estava tentando protegê-la.”
A ansiedade é um mecanismo biológico e pode ser útil, ajudando a focar e melhorar o desempenho em provas ou apresentações. Ela nos prepara para reagir rápido ao perigo, aumentando nosso estado de alerta. Além disso, nos encoraja a evitar riscos, contribuindo para nossa segurança.
No entanto, quando a ansiedade é exacerbada, ela vira uma preocupação constante e excessiva com situações do dia a dia. Isso causa tensão, dificuldade para relaxar, problemas de concentração e aumento da irritabilidade, levando, como no caso de Riley, a um ataque de pânico.
“Divertida Mente 2” mostra que a ansiedade prejudicial tem um custo. Riley se preocupa demais com o que os outros podem pensar, como as coisas podem dar errado. Ela desenvolve uma “intolerância à incerteza”, vendo perigo onde não existe e se atormentando porque não consegue saber completamente o que seus colegas de time e a treinadora pensam dela. Desesperada por alguma certeza sobre sua inclusão no time, acaba traindo seus valores ao espiar o caderno da treinadora.
É importante entender que a ansiedade nos muda. Ela altera nossa percepção e desafia nossos corpos. Sabemos que não há explicação lógica para a adrenalina correndo em nossas veias como se estivéssemos fugindo de um apocalipse zumbi. Sabemos que há uma batalha em nossas mentes e corpos. Sabemos que não faz sentido. Mas ainda assim, não conseguimos sair do “furacão” da ansiedade.
Para quem vive com ansiedade, parece que os sentimentos e pensamentos estão tentando nos destruir. Ao mesmo tempo, sabemos que esses sentimentos são mentiras nas quais não podemos e nunca devemos confiar.
Mas temos uma âncora. Enquanto nossos sentimentos nos desestabilizam, o Evangelho nos ancora. É nossa tábua de salvação. Sabemos que Deus nos escolheu antes da criação do mundo e que vivemos em um mundo imperfeito. Sabemos, sem dúvida, que Deus está conosco. Ele não quer que soframos e pode nos curar.
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-8)
Quando lidamos com preocupação, ansiedade ou qualquer emoção semelhante, não precisamos evitá-la, ignorá-la ou fingir que não existe. Podemos contar a Deus sobre nossos medos, preocupações e inquietações e pedir que Ele os carregue, ansiedade não nos carregue.
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” (1 Pedro 5:7)