A Guerra do Amanhã
As consequências do divórcio
O mundo fica chocado quando um grupo de viajantes do tempo chega de 2051 para entregar uma mensagem urgente: Trinta anos no futuro, a humanidade está perdendo uma guerra global contra uma espécie alienígena mortal – os White Spikes.
A única esperança de sobrevivência é que os soldados e civis do presente sejam transportados para o futuro e se juntem à luta. Entre os recrutados está o professor de ensino médio e pai de família Dan Forester (Chris Pratt). Determinado a salvar o mundo para sua filha, Dan se junta a uma cientista brilhante (Yvonne Strahovski) e seu pai distante (J.K. Simmons) em uma busca desesperada para reescrever o destino do planeta.
Eu geralmente pego no pé dos filmes, mas por algum motivo eu me diverti com esse aqui mesmo com seus furos. Como eu sempre falo, mexeu com viagem no tempo, ganhou “inteiramente grátis” uns furos de roteiro.
Eu não fiquei convencida que o melhor plano era mandar soldados pro futuro ao invés de tentar achar uma forma de deter os alienígenas no passado antes que fizessem todo aquele estrago. Mas, beleza, não vou pensar muito não hehe
Eu achei os alienígenas – White Spikes – sensacionais. Bem-feitos, assustadores e implacáveis, eles foram o ponto alto do filme.
Também gostei bastante da interação do nosso protagonista Dan com a filha e com seu pai. Chris Pratt é sempre muito bom e acompanho Ivonne desde Chuck – deviam dar mais papeis pra ela. J. K. Simmons, nosso eterno JJ Jameson de Homem Aranha, dispensa maiores comentários.
Falando na Yvonne, olha aí uma personagem forte que por acaso também é mulher. Competente e corajosa sem deixar de ter suas vulnerabilidades e feminilidade. Curti viu. Até me fez lembrar das divas da ficção cientifica Ellen Ripley e Sarah Connor.
O filme fala muito sobre relacionamentos entre pais e filhos e como a separação e divórcio dos pais afetam esses relacionamentos.
O pai de Dan voltou da guerra do Vietnã traumatizado, não conseguiu retornar à vida normal e acabou deixando a família. Décadas depois, Dan ainda carrega essa mágoa e não permite que seu pai tenha um relacionamento com a neta.
Mal sabia Dan que, como diria minha avó, o cavaco não cai longe do pau. Ele teve que ouvir da própria filha que no seu futuro ele repetiu o comportamento do pai e também deixou sua família quando não conseguiu superar suas frustrações profissionais. E lá estava sua filha, tantos anos depois sofrendo pelas decisões que o pai tomou quando ela ainda era uma menina.
Quando um casal se separa, todos sofrem, mas as crianças não têm idade e maturidade o suficiente para lidar com essa situação. No final, são os filhos que sofrem mais.
Um estudo do Journal of Mariage and the Family demonstrou que as cicatrizes emocionais do divórcio duram até a idade adulta. (Wallerstein, et al., 2000, pp. xxvii-xxix; Catherine E. Ross e John Mirowsky. “Parental Divorce, Life-Course Disruption, and Adult Depression.” Journal of Marriage and the Family 61 (1999): 1034- 1035.)
Nesse estudo, a psicóloga Judith Wallerstein acompanhou um grupo de filhos de pais divorciados entre os anos 1970 e 1990. Entrevistando-os aos 18 meses e 5, 10, 15 e 25 anos após o divórcio, ela esperava descobrir que eles haviam se recuperado. Mas o que ela descobriu foi o inverso: mesmo 25 anos após o divórcio, essas crianças continuaram a ter expectativas substanciais de fracasso, medo da perda, da mudança e do conflito. Vinte e cinco anos!
As crianças do estudo foram especialmente desafiadas quando começaram a formar seus próprios relacionamentos românticos. Como a psicóloga explica: “Ao contrário do que há muito pensamos, o maior impacto do divórcio não ocorre durante a infância ou adolescência. Em vez disso, aumenta na idade adulta, à medida que relacionamentos românticos sérios ocupam o centro do palco … A ansiedade leva muitos [filhos adultos de pais divorciados] a fazer escolhas erradas nos relacionamentos, desistindo precipitadamente quando surgem problemas ou evitando totalmente os relacionamentos”.
Por trás de cada uma dessas estatísticas está uma vida – uma criança, agora um adulto, ainda lidando com as emoções provocadas pelo divórcio.
Como Wallerstein disse: “As crianças [em meu estudo] tiveram dificuldade em se lembrar da família antes do divórcio … mas o que se lembraram dos anos pós-divórcio foi a sensação de que realmente haviam sido abandonadas por ambos os pais, que seu pesadelo [de abandono] se tornou realidade.”
Divórcio não faz parte dos planos de Deus pra nós. Como o Senhor mesmo diz:
“Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel.” (Malaquias 2.16)
O texto bíblico em Malaquias usa linguagem forte para mostrar que o casamento não deve ser tratado de forma leviana. O divórcio nos fere profundamente e tenta nos destruir. Ele se esforça para roubar, matar e destruir a criação de Deus.
Deus odeia o divórcio e o mesmo é esperado de nós.
Referência: focusonthefamily.com/marriage/how-could-divorce-affect-my-kids/