Batman
Um mundo sem esperança
Quando o Charada, um serial killer sádico, começa a assassinar figuras políticas importantes em Gotham, Batman é forçado a investigar a corrupção oculta da cidade e questionar o envolvimento de sua família.
Esse foi um bom filme, apenas um pouco longo, eu acho. Mas foi interessante ver uma versão do Batman que equilibra ação com suas habilidades de detetive. Essa foi mais uma história de detetive noir do que um filme de ação.
Em termos de atuação, Pattinson faz um bom trabalho como o Batman, mas seu Bruce Wayne parece mais um adolescente emo que não sabe o que é um pente. Zoë Kravitz fez uma Mulher-Gato boa, mas Michele Pfeiffer ainda é minha favorita. Paul Dano também faz um bom trabalho como Charada. Um psicopata emocionalmente perturbado. Colin Farrell está irreconhecível como o Pinguim em seu papel coadjuvante. Andy Serkis aparece sem maquiagem ou CGI para variar, como Alfred e Jeffrey Wright faz um Gordan muito bom.
E quanto mais filmes de super-heróis assisto mais concordo com a Edna: capas são ruins haha. Em Os Incríveis, a figurinista de super-heróis Edna Mode segue uma regra simples sobre o figurino: nada de capas. As capas tendem a ficar presas em várias superfícies, arrastando os heróis para sua destruição, sufocando-os ou permitindo que os inimigos os agarrem.
Embora o Batman que encontramos aqui seja falho e inexperiente, ele está tentando fazer o que é certo para a cidade – não importa o custo físico ou mental e emocional. Essa versão está no início de sua carreira e ainda está lutando com uma questão: quem ele quer ser? Que tipo de herói Gotham realmente precisa?
No início do filme, quando Batman derruba um bando de bandidos de rua, um vilão aterrorizado pergunta quem ele é. “Eu sou vingança”, Batman responde. No final do filme, essa afirmação é devolvida a ele pelos criminosos, como se estivessem seguindo seu exemplo. O próprio Charada considera o Batman seu mentor! Foi aqui que ele entendeu – ele deve ser melhor que isso. Batman se vê fazendo algo que todos nós lutamos para fazer – buscando uma mudança positiva.
O Charada acredita que está fazendo justiça, no estilo vigilante. Obviamente, Batman acredita que o Charada ultrapassou a linha, mas… quem traça a linha? Sem Deus, todos nós traçamos nossos próprios limites, e onde as pessoas criam seus próprios limites, o caos e a anarquia são inevitáveis. Isso é ainda mais destacado pela Mulher-Gato, que rouba daqueles que ela acredita que merecem ser roubados.
Sabemos que Batman tem uma bússola moral (ele não mata), mas não nos dizem de onde vem sua bússola moral. Ele criou ou é externa, divina? Se ele criou, e não existe um padrão externo como Deus, por que a bússola dele seria melhor do que a do Charada? Em um mundo sem Deus, quem pode dizer quais valores são certos e quais são errados? Quem pode julgar que os valores de Adolf Hitler são inferiores aos do apóstolo Paulo? É a opinião de um homem contra a opinião de outro homem. O conceito de moralidade perde todo o significado. Exploramos esse tema mais a fundo no Pitacos sobre o filme Homem nas Trevas – Como seria um mundo sem Deus?
O filme também explora o lado mais sombrio da natureza humana. Que vivemos em um mundo governado pelo pecado e pela corrupção é óbvio e bíblico. No entanto, não há redenção em “The Batman”. Não há esperança.
Em uma cidade como Gotham, as pessoas vivem sem esperança. Criminosos, gângsteres e mafiosos governam suas ruas. Sua única esperança é um vigilante. Mas Batman é uma única pessoa. Ele não pode estar em todos os lugares.
Se ao menos o povo de Gotham tivesse esperança no verdadeiro Salvador, aquele que é onisciente, onipotente, onipresente – Jesus Cristo. É assim que a verdadeira esperança se parece. É assim que a esperança real é. Quando olhamos para o que está acontecendo no mundo agora, somos lembrados de que somente Jesus pode ser nossa força, nossa esperança e nossa salvação. Somente ELE pode realmente salvar. Na hora mais escura do dia mais escuro, a ESPERANÇA vem do nosso único e suficiente Salvador.