Batman contra o capuz vermelho
Como lidar com o mal?
Essa animação do Batman se inspira não apenas no arco da história em quadrinhos de mesmo nome, mas também incorpora elementos do enredo “Uma morte na família”.
Uma curiosidade: Na época da publicação desse quadrinho, no final dos anos 1980, a DC criou uma linha direta para que os fãs pudessem ligar para votar se Jason Todd, que assumiu o manto de Robin de Dick Grayson, viveria ou morreria. Mais de 10.000 votos foram lançados e com apenas 72 votos de diferença, a escolha foi matá-lo.
No enredo, cinco anos atrás, Jason Todd (o segundo Robin) foi brutalmente assassinado pelo Coringa. Uma morte que marcou Batman quase tanto quanto a morte de seus pais. No presente, Batman está enfrentando uma nova ameaça. O vilão Máscara Negra assumiu todo o crime em Gotham City, no entanto, um novo vilão assumindo a antiga persona do Capuz Vermelho do Coringa chegou para desafiar seu domínio.
No entanto, Batman logo descobre que existe uma ligação misteriosa entre este novo Capuz Vermelho e Jason Todd. Máscara Negra, em desespero, se volta para a única pessoa louca o suficiente para enfrentar o Capuz Vermelho, o Coringa, levando a mais caos na cidade.
O melhor trunfo dessa animação é a escrita. É mais profunda e complexa e investiga os personagens com muito mais eficácia do que muitos filmes e animações por aí.
E a maior surpresa é a revelação da identidade do Capuz Vermelho como Jason Todd. Nesse momento, ele e Batman têm uma conversa interessante sobre o Coringa:
Jason Todd: Ignorando o que ele fez no passado. Desconsiderando cega e estupidamente todos os cemitérios que ele encheu, os milhares que sofreram, os amigos que ele aleijou. Sabe, eu pensei… pensei que eu seria a última pessoa que você o deixaria machucar. Se tivesse sido você que ele espancou até virar uma polpa sangrenta, se ele tivesse tirado você deste mundo, eu não teria feito nada além de procurar no planeta por essa pilha patética de lixo maligno e adorador da morte e depois mandá-lo para o inferno!
Batman: Você não entende. Acho que você nunca entendeu.
Jason Todd: O quê? Que seu código moral simplesmente não permite isso? É muito difícil cruzar essa linha?
Batman: Não! Deus Todo-Poderoso, não. Seria muito fácil. Tudo que eu sempre quis fazer é matá-lo. Não passa um dia sem que eu pense em submetê-lo a todas as horríveis torturas que ele infligiu a outros, e então… acabar com ele. Mas se eu fizer isso, se eu me permitir descer tão baixo… nunca mais volto.
Jason Todd: Por quê? Não estou falando de matar Pinguim, Espantalho ou Dent. Eu estou falando sobre *ele*, apenas ele. E fazendo isso porque… porque ele me tirou de você.
Batman: Eu não posso. Eu sinto muito.
O filme trata sobre justiça e vingança, tema recorrente nos filmes do Batman. Matar é fácil, diz Batman. Não matar esse é o caminho mais difícil de seguir. E como vimos o Batman do Christian Bale dizer: é o que nos diferencia dos criminosos – nossa moralidade.
Não podemos combater o crime com mais crimes ou a injustiça com mais injustiça. Dois erros não fazem um acerto. Não é assim que funciona. Ah, mas os criminosos não têm limitações, isso torna o “jogo” mais fácil para eles, e as vezes quase impossível para nós.
Claro, parece muito desigual e desproporcional. Sim, às vezes parece que só o mal vence, e ficamos desanimados. Mas aqueles que permanecem fiéis e obedecem ao Senhor recebem muitas promessas do Todo-Poderoso:
Aquele que anda corretamente e fala o que é reto, que recusa o lucro injusto, cuja mão não aceita suborno, que tapa os ouvidos para as tramas de assassinatos e fecha os olhos
Isaías 33.15-16
para não contemplar o mal, é esse o homem que habitará nas alturas; seu refúgio
será a fortaleza das rochas; terá suprimento de pão e água não lhe faltará.
Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se”. “Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.
Apocalipse 22.11-12
Não desanime com as forças do mal, porque seu fim já foi determinado. Seja hoje, amanhã, daqui 10 anos, no fim dos tempos, não importa o tempo, elas serão derrotadas.