Capitão América – Soldado Invernal
O valor da liberdade
Após os eventos em Nova York com Os Vingadores, encontramos Steve Rogers, o Capitão América, vivendo tranquilamente em Washington e tentando se ajustar ao mundo moderno. Mas quando Nick Fury é atacado, Steve se envolve em uma teia de intrigas que ameaça colocar o mundo em risco.
Unindo forças com a Viúva Negra, Steve luta para expor a conspiração. Quando toda a trama dos vilões é revelada, o Capitão América e a Viúva Negra contam com a ajuda de um novo aliado, o Falcão. No entanto, eles logo são interceptados por um inimigo inesperado e formidável – o Soldado Invernal.
Depois da diversão de Os Vingadores e do “humor” extraterrestre de Thor: O Mundo Sombrio, Soldado Invernal traz um tema mais sombrio e complexo. Antes de reassistir esses filmes da Marvel, eu achava que os filmes do Capitão América eram os melhores. Ao revê-los, estou ainda mais convencida. São os melhores filmes solos da Marvel.
O filme traz de volta alguns personagens conhecidos como Nick Fury, Viúva Negra e Bucky.
Natasha Romanoff, a Viúva Negra pode não ser uma super-heroína, mas suas habilidades de espionagem mais do que compensam a falta de superpoderes. Ela se encaixa nessa história como uma luva. Muito melhor do que em seu próprio filme solo, infelizmente.
Enquanto isso, o Soldado Invernal traz de volta um pouco do passado do Capitão. Ele é importante para a história de Steve, mas é mais uma arma do que um vilão real. Os verdadeiros vilões aqui são os disfarçados de amigos.
Mas vamos começar do início, a história começa com Steve tentando se adaptar a este não tão admirável mundo novo. Seus antigos companheiros do exército estão mortos há muito tempo, suas habilidades sociais estão desatualizadas e sua bússola moral está tendo dificuldade em encontrar o verdadeiro norte.
“Desde que me lembro“, diz Steve, “eu estava apenas tentando fazer o que era certo. Eu não sei se eu ainda sei o que é isso.” Quem são os mocinhos e os bandidos realmente?
Os inimigos eram óbvios quando Steve Rogers se tornou o Capitão América. Com Hitl3r e HIDRA era mais fácil discernir o certo do errado.
Mas as coisas são diferentes agora; heróis e vilões se entrelaçam e se misturam. A S.H.I.E.L.D., a organização para a qual Capitão trabalha, trai, espiona, trapaceia e mente – embora, segundo o chefe Nick Fury, seja pelo melhor dos motivos.
E as coisas ficam ainda mais difíceis quando Fury mostra o novo projeto da S.H.I.E.L.D. – Insight. O projeto envolve o monitoramento de possíveis terroristas com enormes aviões militares com o objetivo de eliminá-los preventivamente. Ao que Steve responde: “Achei que a punição geralmente vinha depois do crime”.
A linha entre o bem e o mal está ficando cada vez mais tênue. Além desses dilemas morais, há também o fato de que esse sistema também poderia ser usado para espionar civis. Na verdade, é exatamente isso que os conspiradores, HIDRA, planejam fazer – espionar e eliminar todos os que possam se opor a eles. Capitão América diz a Nick que acha que a nova tecnologia é criada por medo, não pelo desejo de proteger a liberdade e defender as pessoas.
Quando Steve descobre que a S.H.I.E.L.D. foi infiltrada pela HIDRA, a bússola moral infalível do Capitão o torna o cara perfeito para lidar com a crise – a única engrenagem incorruptível em uma máquina agora tomada pela corrupção. Ele não é perfeitamente puro, só Jesus Cristo conseguiu isso. Mas o Capitão faz o melhor que pode.
O preço da liberdade é a eterna vigilância. Estamos diante de um filme de herói com elementos fantásticos, mas o alerta que o filme nos traz é bem real. Sempre haverá pessoas corruptas e famintas de poder fazendo de tudo para assumir o controle.
Existem regimes como esse acontecendo agora no mundo real. Se não estivermos prestando atenção, conscientes do que está acontecendo ao nosso redor, podemos cair em uma armadilha como essa. Acabar trocando nossa liberdade, especialmente nossa liberdade religiosa por uma falsa sensação de segurança e justiça. O mal nunca dorme. Não devemos esquecer isso.
Assim como era difícil e custoso para Steve ser bom em seu mundo, é igualmente difícil ser bom no nosso. Nossas vidas estão cheias de complicações e complexidades. Sabemos que os problemas não são tão simples quanto gostaríamos que fossem. Mesmo assim, Steve nos mostra que seguir nossa bússola moral, guiados pela Palavra e pelo Espírito Santo, nunca sai de moda. Podemos encontrar justiça se estivermos dispostos a buscá-la.