Ciri – The Witcher
Treinando nossos filhos para o mundo
A princesa Cirilla Fiona Elen Riannon é uma das personagens principais de “The Witcher” da Netflix. Com a morte de sua mãe, Ciri era agora a única herdeira remanescente de Cintra e, assim, Calanthe teve um cuidado especial para criar sua neta. Além disso, o pai de Ciri, Emhyr, é o herdeiro do trono de Nilfgaard, dando a Ciri uma reivindicação legítima a esse trono também. Talvez seja por isso que sua avó, a rainha Calanthe de Cintra, fechou as fronteiras e manteve Ciri escondida do mundo.
Como sua mãe, Ciri é uma Fonte – uma pessoa de grande poder mágico que tem muito pouco controle sobre sua magia. Fontes são extremamente raras e, se não aprenderem a controlar suas habilidades mágicas, podem cair na loucura. Os poderes de uma Fonte podem se manifestar em momentos de grande estresse, como fizeram com Ciri quando sua avó lhe disse para fugir de Cintra ou quando o cavaleiro nilfgaardiano, Cahir, sequestra Ciri.
Esse poder vem do fato de Ciri ter sangue antigo, o que significa que ela é descendente de um elfo e de um humano. Há muito tempo, uma elfo, Lara Dorren, se apaixonou por um humano, Cregennan de Lod. Sua filha Riannon nasceu com poderosas habilidades mágicas, e Ciri – como você pode deduzir de seu nome completo, Cirilla Fiona Elen Riannon – é descendente de Riannon. Na mitologia de “The Witcher”, o sangue antigo foi criado pelos elfos para cumprir uma profecia e salvar sua raça da destruição.
Porque ela é a única princesa de Cintra e Nilfgaard, todos os reinos estão atrás dela para fins de conquista. E por causa de sua linhagem antiga, os elfos também estão atrás dela. Basicamente, todo mundo está atrás dela para conquistar mais poder.
Sabendo de tudo isso, a primeira ideia de Geralt, o personagem que dá nome à série, era que ele mesmo iria proteger Ciri. Então Geralt não queria expor a garota a treinamentos e riscos reais. Mas isso é impraticável porque ele não é onipresente e onipotente. Ele não pode estar ao lado dela o tempo todo. Ela precisa aprender a se defender por conta própria agora que o mundo inteiro está atrás dela.
Eu vejo um paralelo nisso com as nossas crianças e jovens. Não podemos protegê-los o tempo todo e mantê-los em bolhas. Mesmo porque, com o avanço da tecnologia, fica cada vez mais difícil isolá-los do mundo. Além disso, não sentamos do lado deles na escola. O melhor que podemos fazer por eles é treiná-los e muito para o mundo pós cristão secular lá fora.
Eles realmente precisam desenvolver “seus músculos” cristãos e aprender tudo sobre o cristianismo em casa. Levá-los uma vez por semana à igreja não é suficiente, nem de longe. Eles precisam ver Jesus refletido em nossas atitudes e palavras e precisam aprender as razões da nossa fé. Eles precisam de uma fé forte e enraizada para viver em um mundo caótico e sedutor.
Há tantas ideias seculares e ideologias chegando a eles agora. Eles nem precisam sair de casa para serem alcançados. Tantos professores e amigos na fila para cooptá-los para suas visões de mundo… Eles serão bombardeados com perguntas e ideias que podem minar sua fé e a gente atrapalha ao invés de ajudar quando damos respostas simplistas como “porque sim”, “porque não”.
Precisamos responder seus questionamentos com sinceridade e de forma satisfatória, porque outras visões de mundo estão prontinhas para lhes dar “respostas”. Nossos jovens precisam ser ouvidos e treinados da melhor maneira possível. Se você é pai, mãe ou responsável e não sente que tem o conhecimento suficiente para ensinar seus filhos, treine-se primeiro ou encontre um cristão confiável para discipular seu filho.
Se não os treinarmos para lutar por conta própria, é provável que eles caiam na primeira oportunidade. E então pode ser tarde demais.