Como treinar seu dragão
A verdadeira coragem.
No norte da Ilha de Berk, um jovem viking chamado Soluço sonha em se juntar à luta de sua aldeia contra os dragões. No entanto, seu pai, Stoik the Vast, se recusa a deixar seu filho franzino, desajeitado, mas inventivo, participar da batalha. Determinado, Soluço desafia seu pai e corajosamente entra em uma dessas batalhas, derrubando com uma de suas invenções um misterioso dragão conhecido como Fúria da Noite.
Mas, em vez de acabar de matar a criatura, Soluço descobre a compaixão dentro de si e torna-se amigo do dragão, a quem chama de Banguela. Esse vínculo improvável leva uma cadeia de eventos que transforma suas vidas, desafiando os preconceitos de seu povo sobre os dragões. Juntos, Soluço e Banguela embarcam em uma jornada para unir as duas espécies.
A história é muito envolvente; não apresenta nada muito sofisticado que as crianças não entenderiam nem nada muito infantil para os adultos. Em vez disso, é uma história inteligente e comovente que se move em um bom ritmo, e as cenas entre Banguela e Soluço são muito boas. Os personagens são outro ponto forte. Soluço é um protagonista interessante, e banguela é um dragão que mais parece um gato. O pai de Soluço, Stoick, também é um bom personagem, ele é bruto por fora, mas afetuoso por dentro. E mesmo que a história seja ambientada em uma terra fictícia cheia de vikings cercados por dragões cuspidores de fogo que estão sempre atacando seu gado, você consegue se afeiçoar com todos os personagens secundários.
EMPATIA
Soluço: Agh, tanto faz… Eu *não faria*! Trezentos anos, e eu sou o primeiro viking que não mataria um dragão!
Astrid: Mas o primeiro a montar um. Então…?
Soluço: Eu não o mataria porque ele parecia tão assustado quanto *eu* estava. Olhei para ele… e me vi.
A jornada de Soluço começa com o desejo de provar seu valor a seu pai e à sua comunidade, tornando-se um matador de dragões. No entanto, quando ele encontra Banguela, ele percebe que essas criaturas não são as bestas irracionais e destrutivas que se acredita serem. A empatia de Soluço permite que ele veja além das aparências e entenda os dragões em um nível mais profundo.
A empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos, emoções e perspectivas dos outros. Envolve se colocar no lugar de outra pessoa, imaginar o que ela pode estar experimentando e se conectar com suas emoções em um nível mais profundo. A empatia nos permite reconhecer as emoções dos outros, mesmo que não tenhamos vivenciado pessoalmente a mesma situação ou sentimentos. Isso nos ajuda a responder compassivamente aos outros, oferecer apoio e conforto em momentos de necessidade.
Como cristãos, somos chamados a amar nosso próximo e ter intenso amor pelos irmãos (Mateus 22:39; 1 Pedro 4:8). Embora tenhamos a intenção de amar uns aos outros, muitas vezes perdemos oportunidades de aliviar a dor dos outros. Isso às vezes acontece porque não paramos realmente pra enxergar o outro e suas necessidades. Mas a empatia é a chave que pode abrir a porta para nossa bondade e compaixão.
NÃO CONFORMIDADE
Ao se recusar a se conformar com o medo de dragões de seu povo, Soluço dá o exemplo de coragem. Ao se recusar a matar um dragão, ele teve que ir contra toda a sua comunidade. Correr o risco de se tornar um pária no único mundo que conhecia. Com isso, ele mostra muito mais força de caráter e coragem do que se tornar um matador de dragões. Ele desafia as expectativas colocadas sobre ele e forma uma conexão genuína com Banguela, levando a uma amizade que desafia os preconceitos de longa data de sua comunidade e promove mudanças reais e duradouras.
E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12;2
Também fomos chamados para não nos conformarmos. Para defender a verdade do Evangelho, não importa quantos estejam do nosso lado, quanta pressão seja colocada sobre nós, ou quão isolados possamos nos sentir, “porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (Atos 4:20).
Uma mentira é uma mentira, mesmo que todos acreditem nela. A verdade é a verdade, mesmo que ninguém acredite. E a maior verdade de todas é que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.