Estrelas além do tempo
Fazendo a diferença pelo exemplo
“Estrelas além do tempo” revela um capítulo pouco conhecido da história americana. Dorothy Vaughn (Octavia Spencer), Mary Jackson (Janelle Monae) e Katherine Johnson (Taraji P. Henson) são matemáticas empregadas em uma NASA segregada da década de 1960 que encontram maneiras de avançar em suas carreiras – e a missão espacial dos EUA – depois que a Rússia coloca um homem em órbita.
A brilhante Katherine chama a atenção do líder do Grupo de Tarefas Espaciais Al Harrison (Kevin Costner). Katherine luta contra a condescendência da equipe – e indignidades como ter que fazer longas caminhadas até o único banheiro “de cor” no campus – para desempenhar um papel fundamental em catapultar o astronauta John Glenn para a órbita ao redor da Terra e trazê-lo com segurança para Terra novamente.
Enquanto isso, Dorothy tenta aprender o máximo que pode por conta própria sobre o primeiro computador mainframe IBM recém-comprado na NASA para tornar a si mesma e a toda a seção de computação feminina afro-americana relevante em tempos de mudança.
E Mary vai ao tribunal para conseguir admissão em uma escola só para brancos e obter as qualificações necessárias para se tornar uma engenheira.
O filme aborda a história de desigualdade racial dos EUA com muito tato. Estas são mulheres reais, cujas personagens foram baseadas em três funcionárias da NASA. Katherine, que faleceu em 2020 atingindo impressionantes 101 anos de idade, foi parte da NASA até sua aposentadoria em 1986, trabalhando em tudo, desde o programa Apollo até o ônibus espacial. Um edifício em Langley, o Katherine G. Johnson Computational Research Facility, foi nomeado em sua homenagem em 2016.
Imagino que você esteja esperando que esse post aborde o tema óbvio do filme, mas tenho certeza de que muitos já o fizeram. Não, aqui vamos falar de outras duas coisas que me chamaram a atenção.
Primeiro, amizade entre mulheres. Recentemente, vi um reels de um influenciador sobre esse assunto. Ele disse que uma mulher não tem amigas (mulheres). Porque uma mulher não quer ver outras mulheres alcançarem maior sucesso do que ela.
Bem, talvez no mundo secular isso seja verdade. E provavelmente algumas mulheres lendo isso concordarão com ele. MAS, na vida cristã, isso NÃO é verdade. Porque vai contra o principal mandamento de Deus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes”. (Marcos 12:30,31)
Se você mulher (ou homem) não consegue encontrar em si mesma a capacidade de ser feliz pelos sucessos de seus amigos e familiares e tudo o que consegue sentir é ressentimento ou inveja, então algo está errado e você deveria reservar um tempo para se analisar diante de Deus.
O que esse filme mostra é exatamente o oposto do que esse influenciador está dizendo. Essas três mulheres se amavam como se fossem irmãs. Elas se amavam e se apoiavam, ficavam felizes ou tristes com as vitórias e lutas uma das outras. E como somos partes de um só corpo – o corpo de Cristo, é assim que deve ser.
Em segundo lugar, mudança através do exemplo. As condições com as quais essas mulheres tiveram que lidar eram muito difíceis, mas elas fizeram isso com graça e espírito, e as coisas começaram a mudar. As pessoas viam seu trabalho e ficavam impressionadas. Elas pressionaram por reconhecimento e, em pequenos passos, começaram a recebê-lo.
Isso me lembrou de nossa missão de levar as pessoas à fé. Assim como elas viveram de uma forma que desmanchava os preconceitos daqueles ao seu redor, nós também devemos viver de forma a direcionar as pessoas com as quais nos relacionamos para Cristo. E fazer como elas fizeram: com amor, paciência, respeito e determinação.