Falcão Negro e o Soldado Invernal
Podemos controlar o poder?
Após os eventos de Avengers: Endgame, Sam Wilson (Falcão) e Bucky Barnes (Soldado Invernal) se unem em uma aventura global que testa suas habilidades – e suas paciências.
Essa série é um retorno ao estilo clássico do MCU depois da estranha e criativa WandaVision. Eu esperava algo no nível do Capitão América e do Soldado Invernal, até vi alguns vislumbres aqui e ali, mas no conjunto, não foi tão bom.
Sam Wilson luta com o fardo que Steve Rogers colocou sobre ele quando o deu seu escudo. Sam decide que é melhor manter o escudo em um museu dedicado ao Capitão América. Depois de assistir a série, o que posso dizer? Eu concordo com isso haha.
É muito difícil substituir um personagem como Steve Rogers e Chris Evans fez um ótimo trabalho trazendo-o à vida. Eu realmente não quero outro ator no papel tão cedo. O mesmo vale para Wolverine. E essa série não conseguiu me convencer do contrário. Além disso, acho que Sam já é um grande herói como Falcão, e deveria continuar sua própria trajetória.
O “Blip” e suas consequências é um tema muito interessante, mas não achei bem explorado. Bilhões de pessoas desapareceram e depois retornaram. Quão caótica é essa situação?
O discurso de Sam no final soou superficial para mim. A culpa é dos “governos insensíveis”. Mas não é tão simples assim. Simplesmente não existe uma maneira boa e fácil de resolver o problema um problema dessa magnitude. Qualquer solução dada será apenas a menos ruim.
O enredo de Bucky foi o mais interessante. Ele tendo que lidar com suas ações como o Soldado Invernal controlado pela Hidra. Nós o vemos começar como um homem quebrado e, ao longo dos seis episódios, se transformar em um homem curado. Seu flashback em Wakanda foi um dos meus momentos favoritos da série.
Ah e Barão Zemo roubou a cena haha
E o novo traje de Capitão América do Sam é feio. Minha humilde opinião haha
Mas o que podemos extrair de valor dessa série? No meio do episódio quatro, quando Walker está debatendo se deve ou não tomar o soro, Lemar diz a ele que “o poder torna você mais de si mesmo”.
Afinal, o soro corrompe? O poder corrompe?
O poder tem grande capacidade de corromper porque nós já somos corruptos, falhos (não há um justo sequer – Rom 3.10) e porque ele nos dá a oportunidade e o ímpeto de agir sem medo das consequências (quem vai nos impedir?).
John Walker está ali pra nos mostrar esse lado da moeda. Tudo o que ele já passou, as suas experiências de guerra, traumas, inseguranças e medos afloraram quando lhe foi dado mais poder.
Já Steve Rogers, que é o mais cristão dos Vingadores, ao adquirir poder através do soro, o usou para o bem. Analisando os filmes, todas as suas ações e decisões são pautadas pelos seus valores cristãos – sacrifício, serviço, amor ao próximo…
Mas não se engane, é muito difícil ser como Steve na vida real. Exige esforço e muita intimidade com Deus. Demanda a humildade de entender que tudo o que temos vem de Deus, inclusive qualquer poder que a gente acha que tem.
“A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.”
1 Crônicas 29.12