Harry Potter 3-4
HP e o Prisioneiro de Azkaban
O 3º ano de ensino na Escola de Magia de Hogwarts se aproxima. Porém um grande perigo ronda a escola: o assassino Sirius Black (Gary Oldman) fugiu da prisão de Azkaban, considerada até então como à prova de fugas. Para proteger a escola são enviados os Dementadores, estranhos seres que sugam a energia vital de quem se aproxima deles, que tanto podem defender a escola como piorar ainda mais a situação.
HP e a Cálice de Fogo
Em seu 4º ano na Escola de Magia de Hogwarts, Harry Potter é misteriosamente selecionado para participar do Torneio Tribruxo, uma competição internacional em que precisará enfrentar alunos mais velhos e experientes de Hogwarts e também de outras escolas de magia. Além disso a aparição da marca negra de Voldemort ao término da Copa do Mundo de Quadribol põe a comunidade de bruxos em pânico, já que sinaliza que o temido vilão está prestes a retornar.
Tivemos uma mudança de diretor, portanto, uma mudança de estilo comparado aos dois primeiros filmes. A partir do terceiro filme, acompanhando o crescimento dos personagens, a história começa a ficar menos infantil e mais sombria.
Prisioneiro de Azkaban reflete bem as lutas que muitos adolescentes enfrentam em um mundo de imagens e ideias conflitantes. A mensagem geral deste filme é de amor, amizade, família e justiça sobre a vingança.
Ao longo do caminho, aprendemos que um mago renegado, Sirius Black escapou da prisão de Azkaban. Black foi acusado de ser a pessoa que traiu e assassinou os pais de Harry. Agora ele está procurando por Harry, e todos acreditam que ele quer matá-lo.
Lupin e Black então explicam que Black não traiu os Potters, mas sim Peter Pettigrew, que está escondido há doze anos em sua forma anímaga como Scabbers, o rato de estimação de Ron. Ele é o servo de Voldemort, não Black, e incriminou Black por seus crimes.
Black esclarece ainda mais o mal-entendido explicando que, ao descobrir que Pettigrew ainda estava vivo, ele escapou de Azkaban para matá-lo. Quando Lupin e Black estão prestes a matar Pettigrew, Harry os impede e, mostrando misericórdia a Pettigrew, pede que eles o levem de volta ao castelo, para ser julgado por seus crimes.
Harry mostra compaixão ao poupar a vida de Pettigrew, porque ele sabia que matá-lo não seria a coisa certa a fazer. Ele escolheu o que era certo e não o que era fácil. Outros valores morais que encontramos nos dois filmes incluem: lealdade e não julgar as pessoas por sua aparência.
Agora falando de Cálice de Fogo, foi um filme divertido, mas eu senti falta de um desenvolvimento de personagem melhor pro Cedric. Se o rapaz falou meia dúzia de frases foi muito. Isso tirou um pouco do peso do final do filme.
Outra coisa que eu acho engraçado é que pai em sã consciência matricularia seus filhos em uma escola com atividades tão… mortais? Haha Aí conforme a ameaça de Voldemort vai crescendo, não querem mais mandar seus filhos pra Hogwards. Perigoso. Ué? Mas o risco de morte já fazia parte do currículo escolar? Haha
No fim das contas, este filme é sobre o retorno de Voldemort, e Ralph Fiennes no papel é excelente. Ralph merece grande crédito por ter feito um bom trabalho em trazer o nêmesis de Harry Potter à vida. Provavelmente um dos melhores vilões da cultura pop.
Harry, praticamente em todos os filmes, precisa fazer escolhas. E muitas vezes paga um preço por isso. Nesse filme especificamente, por conta do torneio, Harry decide salvar a irmã de Fleur, custando assim a vitória na competição. Ele também entende que a vida de um amigo vale mais do que o prêmio e a fama do torneio quando salva Cedric ao invés de alcançar a taça. O que fica claro no final do torneio, é que Harry é o oposto de Voldemort. Ele possui uma “fibra moral notável” e constantemente coloca o bem-estar dos outros na frente do seu, mesmo que ele tenha que pagar um preço por isso.
“Em breve, todos devemos escolher entre o que é certo e o que é fácil.”
Certo ou fácil? Esse é o tema do filme, e da série toda na verdade. Fazer o que é certo, na maioria dos casos, exige muito mais da gente. Muitas vezes vai ser desgastante, dispendioso e sacrificial. A escolha errada sempre vem acompanhada de facilidades e ganhos, mas são todos passageiros ou mentirosos. A Bíblia é cheia de exemplos de personagens que escolheram o caminho fácil ao invés do certo e quais consequências eles colheram. O rei Saul é um bom exemplo de alguém assim. E Davi era o seu contraponto, escolhendo o certo ao invés do fácil ao poupar a vida de Saul. (1 Samuel 24 e 26)