Homem Formiga e Vespa
Família ainda importa?
Dois anos após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, encontramos Scott Lang, também conhecido como Homem-Formiga, cumprindo seus últimos dias de prisão domiciliar depois de ajudar secretamente o Capitão America durante uma batalha entre os Vingadores na Alemanha que violou o Acordo de Sokovia.
Ele aceita um acordo do governo federal para ser colocado em prisão domiciliar por dois anos e três anos de liberdade condicional depois disso. No entanto, Hank Pym acha que pode haver uma maneira de resgatar sua esposa Janet (Michelle Pfeiffer) da prisão no reino quântico através de Lang e solicita sua ajuda. O processo atrai outras três partes interessadas, e agora eles estão correndo contra o tempo para trazer Janet de volta. Enquanto isso, Lang tenta manter em segredo suas “escapadas heroicas”.
A melhor maneira de descrever esse filme é como agradável e divertido. O filme brilha em seus momentos de ação. Os poderes dos nossos protagonistas são usados de maneiras únicas, e é muito divertido ver como eles saem de situações difíceis. Mas o elemento mais forte do filme vem dos próprios personagens. Eles são todos engraçados, simpáticos, e cada ator faz um ótimo trabalho movendo a história enquanto faz a gente se apegar a eles.
Michael Peña como o melhor amigo de Scott rouba a cena e é honestamente um dos melhores coadjuvantes no MCU. Rudd e Lilly têm uma boa química. Evangeline Lilly como Hope também faz um ótimo trabalho vestindo o traje de Vespa e mostrando seus poderes e habilidades. Ela também mostra um lado mais suave de seu personagem, mas compreensivo e uma mulher gentil tentando reunir sua pequena família quebrada.
O filme oferece um bom equilíbrio de ação, diversão com comédia e momentos doces entre pais amorosos e crianças igualmente adoráveis. De fato, a importância da família desempenha um papel significativo no enredo desse filme.
Todos os personagens envolvidos são motivados pelo amor à sua família. Lang, em particular, se esforça para ser uma boa figura paterna para sua filha. Ele quer fazer o que é certo para que ela possa ter um bom exemplo. Seja cumprindo sua prisão domiciliar ou enfrentando vilões, ele é um homem com a missão de consertar as coisas.
Scott até pede desculpas a Cassie por errar tanto, e ele admite se sentir estúpido por nem sempre acertar as coisas. Mas Cassie docemente se recusa a deixá-lo se colocar para baixo. “Tentar ajudar alguém não é estúpido!”. Mais tarde, ela declara: “Quero ajudar as pessoas… assim como meu pai!”
O mesmo vale para o amor que Hope e Hank têm por Janet. Hope e seus pais, Hank e Janet, também incorporam o mesmo tipo de conexão amorosa entre pais e filhos, que testemunhamos em várias cenas. E tanto Hope quanto Hank estão dispostos a arriscar suas vidas para resgatar Janet de seu exílio de várias décadas no Reino Quântico. (Janet, a propósito, entrou nessa realidade subatômica quando arriscou sua própria vida para salvar milhares de pessoas.)
É realmente muito bom ver um filme de Hollywood focando e promovendo a importância da união e do vínculo familiar. Por que eu digo isso? Bem, vou deixar os especialistas falarem:
“Pela primeira vez em sua história, a civilização ocidental é confrontada com a necessidade de definir o significado dos termos “casamento” e “família”. O que até agora era considerado uma família “normal”, composta por pai, mãe e vários filhos, nos últimos anos começou a ser cada vez mais vista como uma entre várias opções, que já não pode pretender ser a forma única ou mesmo superior de ordenar as relações humanas. A visão judaico-cristã do casamento e da família com suas raízes nas Escrituras Hebraicas foi substituída, em grande medida, por um conjunto de valores que valoriza os direitos humanos, a autorrealização e a utilidade pragmática em nível individual e social. Pode-se dizer com razão que o casamento e a família são instituições sitiadas em nosso mundo hoje, e que com o casamento e a família, nossa própria civilização está em crise.
A atual crise cultural, no entanto, é meramente sintomática de uma crise espiritual profunda que continua a roer os fundamentos de nossos valores sociais antes compartilhados. Se Deus, o Criador, de fato, como a Bíblia ensina, instituiu o casamento e a família, e se existe um ser maligno chamado Satanás que guerreia contra os propósitos criativos de Deus neste mundo, não deveria ser surpresa que o fundamento divino dessas instituições tem sofrido ataques maciços nos últimos anos. Em última análise, nós, seres humanos, quer percebamos ou não, estamos envolvidos em um conflito espiritual cósmico que coloca Deus contra Satanás, com o casamento e a família servindo como uma arena chave na qual batalhas espirituais e culturais são travadas. Se, então, a crise cultural é sintomática de uma crise espiritual subjacente, a solução também deve ser espiritual, não meramente cultural.”
Deus, Casamento e Família: Reconstruindo a Base Bíblica* por Dr. Andreas Kostenberger (Professor Pesquisador de Novo Testamento e Teologia Bíblica e Diretor do Centro de Estudos Bíblicos do Seminário do Centro-Oeste)
*Infelizmente não achei versão traduzida em português.