Kung Fu Panda 2
Rancor e Ressentimento.
Após o sucesso em derrotar Tai Lung, Po agora é um mestre de kung fu e membro dos Cinco Furiosos. No entanto, sua jornada está longe de acabar quando um novo vilão, Lord Shen, um pavão albino, ameaça conquistar a China com uma arma secreta devastadora. Sua família inventou os fogos de artifício, mas o filho dos dois pavões governantes, Lord Shen, quer usar a pólvora para fins malignos em canhões. Enquanto Po investiga seu passado e suas origens, ele descobre mais sobre si mesmo e o que significa ser o Guerreiro Dragão. Com seus amigos ao seu lado, Po enfrenta desafios emocionantes e confronta seus próprios medos para proteger sua terra natal.
Shen: Como você encontrou a paz? Eu tirei seus pais! Tudo! Eu deixei uma cicatriz em você para o resto da vida!
Po: Veja, é isso, Shen. As cicatrizes saram.
Shen: Não, elas não saram. Feridas saram.
Po: Ah, sim. O que as cicatrizes fazem? Eles desaparecem, eu acho?
Shen: Eu não me importo com o que as cicatrizes fazem!
Po: Você deveria, Shen. Você tem que se livrar dessas coisas do passado, porque isso simplesmente não importa! A única coisa que importa é o que você escolhe ser agora.
Dentro da história, Po deve aprender a “paz interior” e eventualmente encontra essa paz deixando o passado para trás, perdoando aqueles que lhe fizeram mal e escolhendo o que ele quer ser e fazer.
Essa é uma lição interessante. Rancor e perdão. Existe um provérbio de autor desconhecido que diz: “Guardar rancor é o mesmo que tomar um veneno e esperar que o outro morra.”
O rancor é um sentimento que surge como resposta emocional negativa diante do que nos acontece e percebemos como ofensa, ficando em nosso interior como um veneno que se ativa cada vez mais, pois revivemos tal sentimento negativo constantemente. Daí que se use também o termo “ressentimento”. O rancor ou ressentimento nada mais é do que a recusa em perdoar.
“Não procure vingança, nem guarde ira contra os filhos do seu povo, mas ame o seu próximo como você ama a si mesmo. Eu sou o Senhor.” Levítico 19:18
Talvez um dos rancores mais conhecidos na Bíblia seja o de José e seus irmãos no livro de Gênesis. José, o mais novo e favorito dos filhos de seu pai Jacó, vangloriava-se de sonhos em que seus irmãos mais velhos se curvavam diante dele em adoração. Como os irmãos costumam ser, eles não gostaram do comportamento de José e guardaram um rancor perigoso que os levou a vendê-lo a uma caravana de ismaelitas.
Mas a história deles é de perdão, pois José, agora adulto e governador do Egito nomeado pelo Faraó, perdoou seus irmãos por suas ações e se reuniu não apenas com eles, mas com o pai que pensava que ele estava morto. “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.” (Gênesis 50:20).
A incompreensão do que é o perdão pode, às vezes, nos escravizar aos nossos rancores. Pensamos que perdoar é fingir que a ofensa não é importante. Não é verdade. O perdão não tem nada a ver com a outra pessoa. O perdão é um presente de Deus para nos libertarmos do controle de alguém que nos prejudicou. Quando guardamos rancor, damos a alguém que não queremos o controle de nossas emoções.
Entretanto, quando perdoamos, entregamos a Deus todo o direito de vingança ou restituição. O perdão faz com que nosso relacionamento com Deus esteja corretamente alinhado. Reconhecemos que Ele é o juiz, não nós, e que Ele tem o direito de tomar a decisão que quiser. O perdão é a decisão de confiar em Deus e não em nós mesmos com o resultado da ofensa.
E assim alcançamos, através de Deus e não dos nossos próprios esforços, a tal da “paz interior”.
Referência: https://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-rancor.html