Shazam – Fúria dos Deuses
Somos todos impostores?
No primeiro filme, um mago concedeu a Billy Batson os superpoderes de Shazam. Ele, então, distribuiu seu poder aos seus irmãos adotivos. Agora ele está tentando desesperadamente manter sua família unida, pois todos estão crescendo e desenvolvendo seus próprios interesses. Mas, a quebra do cajado mágico no final do primeiro filme abriu a barreira entre o mundo das filhas de Atlas e o deles. E as filhas chegaram para recuperar os poderes dados a Shazam que elas dizem ter sido roubados de seu pai.
Eu gostei do filme. Claro, este não é um filme perfeito, ele poderia ser melhor em alguns aspectos como, por exemplo, o CGI, que é fraco em algumas partes e Lucy Liu que não foi uma boa escolha para a vilã.
Ambos os filmes brilham quando se trata dos personagens e seu desenvolvimento. Todos os membros da família são simpáticos e interessantes. Enfim, sei que a bilheteria não está muito boa, mas não vi muita diferença de qualidade do primeiro filme. Esses filmes do Shazam me passam uma vibe boa de sessão da tarde.
O primeiro Shazam! apresentou mensagens positivas sobre a família, e sua sequência não é diferente. No primeiro filme, Billy lutou para acreditar que uma família amorosa genuína poderia existir. No segundo, Billy luta contra o medo de que sua família o abandone como sua mãe biológica fez.
Isso porque ele está prestes a completar 18 anos, o que significa que seus pais adotivos, Victor e Rosa, não receberão mais ajuda federal para abrigá-lo – e de acordo com Mary, a mais velha dos irmãos adotivos, suas opções são conseguir um emprego para ajudar os pais em dificuldades ou sair de casa.
O medo do abandono talvez seja o motivo de Billy estar tão focado que ele e seus irmãos só lutem contra o crime como um time. Mas os medos de Billy acabam sendo amenizados por Rosa, que diz a ele que ele nunca deixará de ser seu filho.
Esse medo do abandono me fez lembrar de Davi e de como ele clamou: Até quando, Senhor? Você vai me esquecer para sempre? Até quando você vai esconder seu rosto de mim? (Salmos 13:1) Em seu momento mais sombrio, o silêncio de Deus foi tão grande que Davi sentiu que Deus não estava ali, que ele havia sido esquecido. Mas a oração de Davi continua e, no final dela (e do salmo), podemos ver que Deus está respondendo a ele: Mas eu confio no seu amor infalível; meu coração se alegra com a tua salvação. Cantarei louvores ao Senhor, porque ele tem sido bom para mim (v.5, 6).
Embora nem tudo esteja imediatamente bem, Davi, tendo orado com sinceridade e vulnerabilidade, lembrou-se do amor infalível de Deus e seu coração se alegrou com sua salvação. Ele lembrou que Deus tinha sido bom para ele e seu coração foi renovado.
Deus nunca nos abandona:
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 8:35-39
O segundo tema deste filme é a Síndrome do Impostor. Depois que a empolgação de obter superpoderes diminuiu um pouco, Billy começa a pensar por que ele? De todas as pessoas no mundo, obviamente há alguém mais merecedor do que ele. Afinal, ele é apenas um adolescente, nada de especial. No final do filme, Billy de certa forma faz por merecer seus poderes fazendo o sacrifício final – dando sua vida para que outros pudessem viver.
A síndrome do impostor me lembrou da minha própria condição de pecador. O que fiz para merecer minha salvação e vida eterna? Absolutamente nada. Como Billy, há algo que eu possa fazer para merecer esse presente? NÃO, não há. Ninguém pode ganhar a Salvação.
Uma das coisas mais difíceis para as pessoas entenderem é que o perdão dos nossos pecados e a concessão da salvação, em termos de sermos justificados, não são coisas que podemos ganhar ou merecer vivendo uma vida boa ou por nosso próprio mérito. Foi Jesus, não nós, quem fez o que era necessário na cruz para pagar a pena pelos nossos pecados. Tudo é alcançado pelo sacrifício de Jesus.
Pois o salário do pecado [o que merecemos] é a morte; mas o dom gratuito de Deus [o que não merecemos] é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6.23
Então somos impostores? Na verdade, não, porque uma vez que recebemos a Salvação, nos tornamos filhos adotivos de Deus e todos os nossos pecados são lavados. Nos tornamos verdadeiramente perdoados e limpos. Nós não a merecemos, mas a salvação é verdadeiramente nossa se aceitarmos Jesus Cristo como nosso salvador.