Sociedade dos Poetas Mortos
Carpe Diem – Entre o Céu e o Agora
Outro dia passei pela seguinte frase no Instagram: Se alguém te disser que a vida é curta e tem que ser vivida, diga-lhe que o inferno é eterno e tem que ser evitado!
Essa frase me fez pensar muito sobre o famoso “Carpe Diem“. Você já deve ter ouvido essa expressão em latim que significa “aproveite o dia“. Ela vem de um antigo poema romano escrito por Horácio que diz “aproveite o dia, confiando o mínimo possível no futuro”. Uma reflexão sobre como a vida passa rápido e precisamos valorizar o presente.
“Carpe Diem! Aproveitem o dia, rapazes. Tornem suas vidas extraordinárias.” – estas palavras ecoam pelo salão da tradicional Academia Welton, enquanto o professor John Keating conduz seus alunos a observarem os rostos de antigos estudantes em fotografias amareladas.
A cena marcante de “Sociedade dos Poetas Mortos” captura perfeitamente o espírito do que o mundo entende por viver intensamente. O filme nos apresenta a história de um professor não convencional que incentiva seus alunos em uma escola tradicional a pensarem por si mesmos e viverem a vida intensamente.
Conforme a história se desenvolve, vemos os jovens interpretando o “Carpe Diem” como um convite à rebeldia, à busca por experiências sem limites e à satisfação imediata dos desejos. É quando o Carpe Diem desemboca no hedonismo – a busca por maximizar o prazer e minimizar a dor ao longo da vida.

Mas será que esse “aproveitar o dia” é realmente o melhor caminho?
A visão cristã do “aproveitar o dia” é diferente. Quando observamos as Escrituras, encontramos um chamado para vivermos intensamente, sim, mas com sabedoria e discernimento. Não se trata de negar as alegrias da vida, mas de vivê-las dentro do propósito divino.
Você já reparou como o mundo vive repetindo frases tipo:
“Viva como se não houvesse amanhã”
“Só se vive uma vez”
“Aproveite enquanto é jovem”
O problema é que existe sim um amanhã – e ele é eterno! Tudo que fazemos hoje tem um eco na eternidade.
O apóstolo Paulo nos diz em 1 Coríntios 10:23: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam.” Esta é a verdadeira sabedoria: saber distinguir entre o que podemos fazer e o que devemos fazer.
Então, como seria um “Carpe Diem” cristão? Algo tipo:
• Fazer cada dia contar para Cristo
• Usar nosso tempo para ajudar os outros
• Viver com alegria, mas dentro do que Deus planejou
• Investir no que vai durar para sempre
Eclesiastes 12:1 nos lembra: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade”. Este é o verdadeiro chamado para aproveitar o dia – viver cada momento consciente de quem nos criou e para que fomos criados.
A vida realmente é curta e deve ser vivida em sua plenitude. Mas a verdadeira plenitude está em viver cada dia com os olhos fixos na eternidade, lembrando que cada decisão que tomamos hoje planta sementes para nossa vida eterna.
O inferno é real, sim, e isso é sério. Mas sabe o que é mais incrível? O amor de Deus. Não devemos viver como cristãos só por medo do inferno, mas porque o céu é maravilhoso – é onde vamos experimentar o amor perfeito de Deus para sempre. É por amor que fazemos nossas escolhas, não por medo.
Então, da próxima vez que alguém lhe disser “Carpe Diem”, responda com amor: “Sim, vamos aproveitar o dia – para a glória de Deus pensando na eternidade que nos espera.”