Telefone Preto
Você acha difícil orar?
Situado no final dos anos 1970 perto de Denver, Colorado, um serial killer apelidado de “The Grabber” (Ethan Hawke) está arrebatando crianças na rua. Finney, nosso protagonista, é sequestrado pelo homem, um cara usando uma máscara assustadora. Enquanto sua irmã mais nova ora para Jesus e recebe sonhos prescientes, o assassino mantém Finney no seu porão. Finney começa a receber chamadas das vítimas anteriores do assassino em um telefone de parede desconectado do porão. Eles dão conselhos a Finney sobre como escapar.
O enredo é baseado em um conto de Joe Hill, que por acaso é filho do famoso autor de terror Stephen King.
O filme faz um bom trabalho, em sua meia hora inicial, nos apresentando seus personagens e sua situação antes de mergulhar no foco principal da história. Outro ponto positivo, foi a química entre os atores. Eu particularmente achei que Mason Thames (Finney) e Madeline McGraw (Gwen) estavam adoráveis como irmão e irmã.
Ethan Hawke era metódico e assustador, mas não teve muito tempo de tela. Acho que o filme Fragmentados me deu grandes expectativas em relação a sequestradores em filmes. Eu tinha muitas perguntas sobre ele que nunca foram respondidas: Por que ele faz todas essas coisas? Quando ele começou? Por que ele não gosta de seu rosto? Como ele se manteve oculto por tanto tempo?
Mas a pergunta de um milhão de dólares é: várias crianças do mesmo local desaparecem e os pais simplesmente não se preocupam com seus filhos caminhando sozinhos para a escola? Sério?
A trama principal se concentra na transformação de Finney de um adolescente aparentemente covarde para uma pessoa confiante disposta a se defender diante de uma ameaça real. Ele tem que descobrir a sua força, usando todas as ferramentas disponíveis, para se salvar de uma morte certa.
No entanto, a jornada de Gwen é igualmente importante, embora menos óbvia. Eu gostei mais da parte dela do que de seu irmão. Enquanto Finney enfrenta o terror e a morte em um porão à prova de som, ela implora a Jesus para ajudá-la, embora acredite que não é algo que ele costume fazer. Jesus não intervém na vida cotidiana, ela pensa. Mas Gwen acredita que ela “precisa dele” para salvar Finney. Então, ela ora.
Gwen me fez pensar muito sobre a oração e as dificuldades que enfrentamos com ela. Qual é a sua experiência com a oração? Você já pensou em coisas como “É uma conversa de mão única”. “Parece que não funciona.” “Deus demora muito para responder.” “Deus faz o que Ele quer de qualquer maneira.” Eu sei que eu já pensei.
Às vezes, essas perguntas voltam a nos incomodar. Então, de vez em quando, temos que lembrar de algumas verdades sobre a oração:
Em primeiro lugar, precisamos lembrar de como é absolutamente incrível o fato de poder falar com o Deus do Universo, aquele que controla tudo, e Ele realmente nos ouvir e se interessar pela conversa. Como sabemos disso? Ele nos revelou na Bíblia (1Pedro 3.12; João 5.14).
Segundo, quando me vem à mente a pergunta “Se tudo acontece dentro dos limites da perfeita vontade de Deus, então por que se preocupar em orar?”, então me lembro que não conhecemos a perfeita vontade de Deus, mas sabemos que Deus nos chamou para orar e que nossas orações podem sim ter uma influência positiva sobre o mundo e as pessoas nele, incluindo nós mesmos. Claro que a oração que pede a Deus que Ele aja de forma contrária à Sua natureza ou propósitos será negada, mas nossas petições em outros assuntos têm um grande e eterno significado.
Além disso, se um pai cede constantemente às exigências choronas de uma criança, nós o consideramos um péssimo pai. Por que, então, devemos pensar que Deus é um Deus teimoso quando Ele não nos dá tudo o que pedimos? Precisamos confiar que Deus é sábio e poderoso o suficiente para responder corretamente – e na hora certa.
Terceiro, a oração é mais do que apenas pedir coisas a Deus. A definição mais básica de oração é “falar com Deus”. Oramos para louvar a Deus e agradecer-Lhe e dizer-Lhe o quanto O amamos. Oramos para desfrutar de Sua presença e dizer a Ele o que está acontecendo em nossas vidas. Oramos para fazer pedidos e buscar orientação e pedir sabedoria. Deus ama essa troca com Seus filhos, assim como nós amamos a troca que temos com nossos filhos. A comunhão com Deus é o coração da oração. Muitas vezes perdemos de vista o quão simples a oração deveria ser.
Claro, esses lembretes são fáceis de ler, mas não são tão fáceis de viver, mas precisamos persistir e tentar melhorar nossas orações e nosso relacionamento com Deus sempre.