Ghostbusters: Mais além
Fantasmas existem?
Uma mãe solteira à beira da falência, Callie (Carrie Coon), muda sua filha gênio Phoebe (Mckenna Grace) e seu filho adolescente Trevor (Finn Wolfhard), para a fazenda de seu distante pai para se resolver seus negócios após sua morte. A casa de fazenda em ruínas guarda segredos para um mistério que Phoebe e Trevor vão revelando: A mina abandonada local e seu avô falecido estão ambos ligados a um evento paranormal da década de 1980 envolvendo os famosos Caça-Fantasmas.
A melhor parte deste filme é que ele ignora completamente o filme de 2016 – uma releitura que entendia que trocar tudo menos o título da franquia ia dar super certo. Já esse filme opta por criar algo que continue fielmente a história dos Caça-Fantasmas para uma nova geração de fãs em potencial enquanto respeita os fãs originais. Finalmente alguém fez o óbvio.
Ghostbusters: Mais Além foi feito com muito coração e é uma homenagem gentil e respeitosa aos filmes dos Caça-Fantasmas de Ivan Reitman. Jason Reitman, o diretor atual, claramente ama e honra o trabalho de seu pai, Ivan.
O filme não depende apenas dos personagens que conhecemos dos filmes originais. Ele apresenta novos personagens, a maioria dos quais estão ligados de alguma forma aos Caça-Fantasmas. A maioria dos novos personagens funciona para mim. Eles trazem uma vibe de Stranger Things para o início da história que se encaixa bem com esse ar nostálgico dos anos 80 de Caça-Fantasmas.
O filme gira em torno de Phoebe muito bem interpretada por Mckenna Grace (nós já a vimos em outro post – Um laço de amor). Este é o tipo de personagem que poderia incomodar o público se apresentado como uma “sabe tudo” metida. Mas enquanto a jovem é inteligente e capaz em relação à ciência e engenharia, ela é socialmente desajeitada e conhece as suas limitações. Ela é a neta do Dr. Egon Spengler (Harold Ramis), incorporando igualmente sua personalidade peculiar.
À medida que as crianças descobrem o que está acontecendo na cidade, o filme ganha cada vez mais a vibe dos filmes originais. E o terceiro ato termina com muita nostalgia. Do tipo bom.
Gostei bastante deste filme.
Filmes como esse e o resto da franquia são importantes para os cristãos refletirem sobre o mundo espiritual. Como o filme tende para a comédia, a gente pode acabar não prestando muita atenção, mas o filme trata de um tema sério. A dor e a perda muitas vezes deixam as pessoas, até mesmo os cristãos, vulneráveis à tentação de querer se comunicar com entes queridos que morreram. Coisas não ditas, negócios inacabados e solidão contribuem para o desejo de manter contato com o falecido.
Ghostbusters: Mais Além é dedicado ao falecido Harold Ramis e a maneira como eles lidam com seu personagem Dr. Egon Spengler poderia encorajar os espectadores a querer um tipo semelhante de reconciliação e feliz reencontro com seus entes queridos falecidos aqui na terra. Uma vez que Jason Reitman lida com isso com tanto carinho e respeito, o público certamente será suavizado em relação a esse tipo de ideia. Mas só porque algo parece bom e nos emociona não significa que seja verdade.
E a verdade é que a Bíblia nega a ideia de que os espíritos de seres humanos falecidos possam permanecer na terra e “assombrar” ou ajudar os vivos.
Hebreus 9.27 declara: “O homem está destinado a morrer uma vez, e depois disso enfrentar o juízo”. Isso é o que acontece com a alma-espírito de uma pessoa após a morte – o julgamento.
O resultado desse julgamento é o céu para aquele que crê em Jesus (Filipenses 3.20-21) e o inferno para o incrédulo (Mateus 25.46; João 3.16-19). Não há meio-termo. Não há possibilidade de permanecer na terra em forma de espírito como um “fantasma”. Se existem coisas como fantasmas, de acordo com a Bíblia, eles absolutamente não podem ser os espíritos desencarnados de seres humanos falecidos.
“A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso.”
Filipenses 3:20-21
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.”
João 3.16-19
A Bíblia ensina claramente que existem de fato seres espirituais que podem se conectar e aparecer em nosso mundo físico. A Bíblia identifica esses seres como anjos e demônios.
Os anjos são seres espirituais que são fiéis em servir a Deus. Os anjos são justos, bons e santos. Demônios são anjos caídos, anjos que se rebelaram contra Deus. Os demônios são maus, enganosos e destrutivos. De acordo com 2 Coríntios 11:14-15, os demônios se disfarçam de “anjos de luz” e de “servos da justiça”. Aparecer como um “fantasma” e se passar por um ser humano falecido definitivamente parece estar dentro do poder e das habilidades que os demônios possuem.
Para os membros da família daqueles que morreram com sua fé em Jesus, o importante a lembrar é que eles estão em paz e com Cristo aguardando a sua segunda vinda (1 Coríntios 15.51-53, 1 Tessalonicenses 4.13-18).